Com 577 internados por covid, MS volta ao patamar mais crítico da pandemia

Depois que Mato Grosso do Sul registrou a pior semana da covid-19 ao longo dos últimos nove meses de pandemia, sistema do Ministério da Saúde apresentou novos problemas e contabilizou apenas 23 novos infectados pelo novo coronavírus. Apesar disso, a confirmação de óbitos permanece em alta, já que oito novas vítimas entraram no boletim epidemiológico divulgado nesta manhã (7).

A 35ª semana, que havia sido a pior em quantidade de casos confirmados - foram 6.135 - foi superada pela 49ª semana, que se encerrou neste sábado, e registrou 7.122 novos casos em Mato Grosso do Sul.

A SES (Secretaria Estadual de Saúde) informa que a pasta federal, que recebe informações compiladas pelas secretarias de Saúde dos municípios por meio da plataforma Sivep-Gripe, passou por instabilidades que geraram dificuldade na inserção de dados até o fim da tarde de ontem.

Atualmente o Estado começa a 50ª semana da doença, e os dados registrados nesta segunda-feira "não refletem a realidade", segundo o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende. Com média de 883 novos infectados por dia na última semana e 105.246 casos confirmados ao todo, ele diz que não quer ser alarmista, mas que a "situação é a mais crítica da pandemia no nosso querido Estado".

Principalmente em relação ao auge da doença que tivemos em agosto e setembro. Se naquela época tivemos quatro meses de preparo e ao chegar o auge da pandemia tínhamos leitos clínicos e de UTI [Unidade de Terapia Intensiva] suficientes, além de insumos, hoje o crescimento da doença nessas últimas três semanas nos tem cobrado esforços imensos da nossa equipe e das equipes de Saúde dos municípios", alertou.

Internações - No período em que Resende classifica como o então "auge da pandemia" em Mato Grosso do Sul, a média de pacientes internados em um dia era de 550. Somente nesta segunda-feira são 577 internados em leitos clínicos e de terapia intensiva com complicações causadas pelo novo coronavírus. "A curva da doença está muito forte nos últimos dias. É exponencial e de forma 'íngreme'".

O titular da SES ainda afirmou que a cada 100 casos de pessoas que contraem a doença, ao menos cinco vão precisar de internação em algum tipo de leito. Essa questão faz com que a preocupação dele, conforme dito em transmissão, é de propor ativação de novos leitos hospitalares até mesmo em unidades privadas de saúde, como o Hospital do Pênfigo ou o El Kadri: "Não somente aqueles destinados exclusivamente para a covid-19, como também para demais problemas".