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Cidades

Com mais imunizados no País, casos e mortes por covid continuam em queda em MS

Apesar disso, há relatos de redução na imunidade de idosos, que têm gerado discussão sobre eventual 3ª dose

Guilherme Correia | 18/08/2021 11:15
Em MS, profissional de saúde prepara aplicação de vacina contra a covid. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Em MS, profissional de saúde prepara aplicação de vacina contra a covid. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Mato Grosso do Sul tem 38,3% de sua população total, de mais de 2,8 milhões de habitantes, imunizados contra a covid-19. O índice de pessoas com ciclo vacinal completo, de duas doses ou vacina única da Janssen, é o melhor em todo Brasil, já que Rio Grande do Sul (30,4%) e São Paulo (29,4%) têm menos pessoas, proporcionalmente, imunizadas.

Essa abrangência na vacinação tem sido um dos fatores que pode estar associado com a queda de mortes e casos da doença, se comparado com outros períodos da pandemia.

Foram 14 óbitos por covid-19 registrados em boletim epidemiológico publicado nesta quarta-feira (18). Quase todas as vítimas, 11, tinham mais de 60 anos, o que indica queda na imunidade fornecida pelas vacinas, passados mais de seis meses do começo da vacinação, sobretudo na população mais velha, que costuma apresentar imunossenecência, um fator de envelhecimento do organismo.

Esse efeito dos imunizantes já era esperado, o que não deixa de indicar que há uma redução, no geral, dos casos graves da doença, como internações e mortes. A média dos últimos sete dias tem sido de aproximadamente 14 óbitos por dia, muito abaixo do que era verificado em junho e julho.

Sobre a redução na imunidade, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, tem defendido a possibilidade de aplicar reforço de vacina contra a covid. Por exemplo, para aqueles que tomaram duas doses, será preciso uma terceira dose.

Essa ideia levantou polêmica durante coletiva realizada na terça-feira (17), quando ele disse que a visão da SES (Secretaria Estadual de Saúde) era de que a população idosa tinha de ser priorizada em relação a vacinação de adolescentes, o que implicaria em "canalizar essas doses de vacinas para fazerem a vacina de reforço nos idosos”.

No entanto, conforme noticiado hoje cedo e ressaltado pelo titular da pasta durante a coletiva desta quarta-feira, uma possível priorização trata-se de uma "interpretação errada".

Segundo Resende, nenhum público deixaria de ser vacinado contra a covid, mas sim, que haveria a definição de uma estratégia de distribuição de doses - ou seja, uma parte seria para dar continuidade à vacinação de adolescentes e outra seria destinada para uma eventual terceira dose.

Dados atualizados - A média estadual de ocupação de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) segue ajustada em 49%, sendo que a macrorregião de Campo Grande está um pouco acima desse índice - com 64% das unidades ocupadas, o que faz com que haja pelo menos 17 pessoas na "fila de espera" para serem reguladas a um leito.

Mais de 364,1 mil pessoas tiveram covid em Mato Grosso do Sul, das quais 351,1 mil estão recuperadas. Apesar disso, quase 3,5 mil estão com o vírus ativo, 334 estão internadas e 9.213 foram a óbito.

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