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Cidades

Com vítimas na Capital e interior, MS confirma a 6ª morte por dengue neste ano

Estado já registrou cerca de 42% do total de mortes em todo ano de 2021

Guilherme Correia | 28/04/2022 08:45
Alguns com sintomas de dengue, pacientes aguardam atendimento em unidade de saúde da Capital. (Foto: Marcos Maluf)
Alguns com sintomas de dengue, pacientes aguardam atendimento em unidade de saúde da Capital. (Foto: Marcos Maluf)

A SES (Secretaria Estadual de Saúde) confirmou três novas mortes por dengue, em boletim epidemiológico publicado nesta quarta-feira (27), em Mato Grosso do Sul. As vítimas eram de Campo Grande, Chapadão do Sul e Guia Lopes da Laguna e tinham, respectivamente, 37, 48 e 82 anos.

Um dos óbitos foi do servidor público da prefeitura municipal de Chapadão do Sul, Éder Medeiros Ricardes, que contraiu a dengue e foi transferido para território campo-grandense, conforme o site Jovem Sul News.

A vítima na Capital era de uma mulher, que tinha doença autoimune, e sentiu os primeiros sintomas da doença em 10 de abril. A outra morte tinha sido vítima quase um mês depois dos primeiros sintomas, relatados em 11 de março, mas a confirmação só ocorreu posteriormente.

Com tais registros, o Estado soma seis mortes pela arbovirose, cerca de 42% do registrado em todo ano de 2021

Situação da dengue - De acordo com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), a parcial de casos prováveis de dengue neste ano - que não são mensurados apenas com testes, mas também com consultas de médicos - já supera a de anos como 2014, 2017 ou 2018.

Ou seja, faltando quase sete meses para o fim de 2022, já existem mais notificações que em outros anos - são 6.484, até a quarta-feira.

O município com maior incidência (número de notificações na comparação com o total de habitantes) de casos prováveis é São Gabriel do Oeste, a 137 quilômetros de Campo Grande, com cerca de 5 mil casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida, aparecem Aparecida do Taboado, Angélica, Ribas do Rio Pardo e Chapadão do Sul.

Capital - Segundo a Sesau, os casos notificados de dengue têm se mantido estáveis na Capital, já que os índices são os menores registrados nos últimos cinco anos. No entanto, a superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, declarou que a população tem de manter cuidados preventivos para reduzir a chance de proliferação da arbovirose.

"Os ovos do Aedes aegypti podem permanecer na natureza por um longo período esperando somente a oportunidade para eclodir e iniciar o ciclo de crescimento. Por isso, é importante que todo mundo faça a sua parte. Orientamos a população para que evite acumular qualquer tipo de resíduo que possa se tornar potencial criadouro do mosquito e faça uma vistoria no quintal de maneira periódica.”

Mais recente LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti) colocou 10 bairros de Campo Grande em risco de infestação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Cuidados - De acordo com a pasta estadual, um caso suspeito de dengue pode apresentar sintomas como dor abdominal intensa, vômitos, acumulação de líquidos, sangramento de mucosas, letargia ou irritabilidade, hipotensão postural, hepatomegalia, dentre outros.

Os sinais podem se agravar e incluir sangramentos graves e até comprometimento de órgãos. Vale ressaltar que o tratamento inclui, sobretudo, hidratação adequada e reconhecimento precoce de sintomas.

Para evitar a proliferação do mosquito que é vetor da doença, recomenda-se manter recipientes fechados e limpos, evitar acúmulo de galhos e água parada, tampar ralos, colocar areia em cacos de vidro de muros ou semelhantes, além de manter limpas bandejas do ar-condicionado e lonas.

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