Devotos não abandonam tradição de agradecer à virgem de Caacupé por bênçãos
Missa em homenagem à padroeira do Paraguai atrai quem faz questão de retribuir graças recebidas
No dia da padroeira do Paraguai, devotos da Nossa Senhora de Caacupé fazem questão de agradecer à virgem pelas bênçãos alcançadas. A tradição é inegociável para quem compareceu na Associação Colônia Paraguaia, localizada no bairro Pioneiros, em Campo Grande, na manhã deste domingo (8). A celebração contou com café da manhã tradicional: chipa, tortilhas e chá cocido. Além disso, apresentações musicais, visitação à capela e missa em espanhol também estão inclusas na programação.
RESUMO
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Devotos de Nossa Senhora de Caacupé, padroeira do Paraguai, celebraram sua festa na Associação Colônia Paraguaia em Campo Grande com café da manhã tradicional, música, missa e visitação à capela. Testemunhos comoventes de fiéis destacaram graças alcançadas através da fé na santa, incluindo a cura de doenças e a recuperação de um filho prematuro. A celebração reforçou a importância da tradição para a comunidade paraguaia, transmitida através de gerações, mesmo entre aqueles que não são paraguaios de nascimento, mas abraçaram a cultura e a fé.
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Eliana Maria Andrade Pereira, 68 anos, é diretora social da Colônia Paraguaia. Há 18 anos ela é devota de Nossa Senhora de Caacupé. Ele explica que o filho nasceu prematuro, com seis meses, e que rezou à santa para que o salvasse.
“Era previsto ele sair do CTI (Centro de Tratamento Intensivo) com 45 dias, mas quando comecei a novena caiu para 11. Hoje ele é um moço lindo e fazendo sucesso é campeão brasileiro de Free Fire, representou o país na Tailândia e Arabia, é um moço lindo e inteligente. Esse evento é muito importante pela quantidade de devotos, que alcançaram muitas graças por meio da bênção da virgem. Eu mesmo consegui a graça por meio da fé”.
Neuza Maria Piccolli é descendente de italiano, mas cresceu envolta à cultura paraguaia, inclusive com companheiros da nacionalidade e por ter duas tias paraguaias. “Me criei nessa tradição”. A dona de casa conta que teve muitas bênçãos com a virgem e que uma delas foi esse ano. Um parente de 48 anos foi curado do câncer de garganta. Eles descobriram há dois anos e, com a fé e novena, "sempre buscando eles conseguiram a cura".
“O povo paraguaio é muito bondoso, vamos às casas deles e sempre tem chipa à vontade e chá. Todo dia faço a minha noveninha, faço minha oração e peço de joelhos, se ela achar que mereço já estou muito abençoada”.
Paraguaia raiz, como ela mesmo comenta, Francisca Ramires Godói, de 90 anos, não deixa de comparecer às homenagens e 'bate ponto' todos os anos. Ela conta que se mudou há 70 anos para Campo Grande, mas que manteve as tradições.
"Tive 9 filhos com descendente de paraguaio. Desde quando nasci era de berço católico e sou devota de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Caacupé. Agora meus filhos me trazem para fazer as orações na capela. Eles respeitam muito a minha fé, apesar de não serem tão devotos".
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