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Cidades

Em 2023, cerca de 8,5 toneladas de carne clandestina foram apreendidas em MS

Somente no mês de maio, Mato Grosso do Sul teve três casos de apreensões na Capital e no interior

Gabriel de Matos | 20/05/2023 10:32
Carnes apreendidas recentemente pela Polícia Civil (Foto: Bruna Marques)
Carnes apreendidas recentemente pela Polícia Civil (Foto: Bruna Marques)

Apreensões de carnes clandestinas, impróprias para consumo, se tornaram comuns nas últimas semanas em Mato Grosso do Sul. Somente no mês de maio, foram três casos em Campo Grande e no interior do Estado. No ano, já são 8,5 toneladas de alimentos recolhidos, 2 toneladas foram apenas em maio.

A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária e Animal) e a Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), diante dos casos, montou uma força-tarefa para realizar fiscalizações.

Os problemas registrados foram alimentos vencidos, embalados de forma irregular, guardados com larvas e moscas, além de carnes de caça.

O caso mais grave foi em Ribas do Rio Pardo, distante 98 km da Capital, onde mais de 6 toneladas de carne foram apreendidas em açougue clandestino que abatia animais, no final de abril.

Local utilizado para abate de animais, em Ribas do Rio Pardo. (Foto: Reprodução/Polícia Civil)
Local utilizado para abate de animais, em Ribas do Rio Pardo. (Foto: Reprodução/Polícia Civil)

Orientações - Ao adquirir produtos de origem animal, é importante verificar as informações contidas nos rótulos e embalagens. Além disso, procure pelo registro do produto junto aos órgãos competentes, como o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e a Iagro, no caso de Mato Grosso do Sul.

Os órgãos orientam que tais registros garantem que o produto foi produzido e comercializado de acordo com as normas sanitárias vigentes. O consumidor deve sempre olhar a data de validade do produto e certificar de que esteja dentro do prazo adequado para consumo. O número do lote permite rastrear o produto até sua origem em casos de necessidade.

Produtos de origem animal devem ser comprados somente em estabelecimentos autorizados e registrados pelos órgãos competentes. Esses locais passam por inspeções regulares e seguem boas práticas de higiene e segurança alimentar.

Antes de adquirir produtos de origem animal, pesquise sobre a reputação do fabricante, marca e do estabelecimento. Verifique se há registros de problemas anteriores relacionados à qualidade ou segurança dos alimentos produzidos ou armazenados por eles. Caso observe alguma irregularidade, denuncie para a Iagro ou polícia.

A carne seria destinada a açougues e buffets na Capital (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
A carne seria destinada a açougues e buffets na Capital (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Casos recentes - O Campo Grande News noticiou, somente na primeira quinzena deste mês, quatro apreensões. No dia 4, o açougue do Supermercado Pinheiro, no Bairro Bosque Santa Mônica, em Campo Grande, foi fechado por vender 452 kg de carne com moscas.

Além do açougue, a padaria também foi lacrada. Ambos não tinham alvará da Vigilância Sanitária e o supermercado está com a licença para exercício do serviço vencida. O dono, de 41 anos, foi preso no local. Entre as carnes vendidas estavam a bovina, linguiças, charque e outras.

No dia 10, a Polícia Civil e o Procon (Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor) fecharam a Mercearia & Sacolão São Marcos, no Bairro Guanandi, também na Capital. Ao todo, 400 kg de carnes foram apreendidas e o dono foi preso.

No dia seguinte, Açougue do mercado Molina e a marmitaria Sabor D'hora, localizados no Portal Caiobá, foram interditados após a Decon encontrar carne bovina vencida e possível carne de paca e pato.

O proprietário dos dois locais, de 50 anos, foi preso em flagrante por cometer o crime de vender produto de desacordo com a legislação legal e por crime contra o meio ambiente.

Carne imprópria para consumo foi enterrada. (Foto: Direto das Ruas)
Carne imprópria para consumo foi enterrada. (Foto: Direto das Ruas)

Mais de 1 tonelada - O Dia do Consumidor, na segunda-feira (15), teve ação da Iagro e da Decon com a prisão de duas pessoas e apreensão de 1,5 tonelada de carnes e embutidos no município de Laguna Caarapã, distante 305 km da Capital.

Em uma casa de carnes, policiais e fiscais apreenderam 392 quilos de carne bovina, que teria origem em abate clandestino, 6 quilos de linguiça toscana e 5,3 quilos de linguiça caseira. O dono do estabelecimento de 60 anos foi preso.

Já em um mercado, a força-tarefa apreendeu 1,1 mil quilos de produtos impróprios para o consumo, incluindo quase meia tonelada de carne bovina oriunda de abate feito em propriedade rural do proprietário e sem o selo do serviço de inspeção. O comerciante, de 56 anos, também acabou preso. Os alimentos impróprios foram enterrados pelas equipes de fiscalização.

O caso mais grave foi observado em Ribas do Rio Pardo, com o abatedouro clandestino. A situação foi descoberta no final do mês de abril. O município sediou a chamada Operação Civitas, que investigou o local após denúncias.

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