Em depoimento, piloto diz que resgatou membro de facção no Paraguai
Edmur Guimarra Bernardes contou versão cinematográfica para a Polícia Civil de Cáceres
Após reaparecer em aeroporto de Cáceres (MT), o piloto Edmur Guimarra Bernardes, de 78 anos, foi ouvido pela Polícia e contou uma história digna de roteiro de cinema sobre as mais de 30 horas que ficou desaparecido, depois de decolar em Paranaíba.
Segundo documento da Policia Civil de Cáceres, no dia 18 de junho, última terça-feira, ele estava saindo de casa, quando foi surpreendido por duas pessoas, “ordenando que entrasse”.
Lá dentro, a dupla teria dito que faz parte de uma facção criminosa, “falando que sabiam que ele tinha as chaves do hangar e que precisavam de um avião que tinha pousado na noite anterior”, em Paranaíba.
Edmur diz que acompanhou os dois homens em uma camionete, abriu o hangar e por volta das 6h30 decolou com destino à fazenda no Paraguai, sem indicar a localização exata. Lá, o piloto garante que permaneceu “o dia e a noite”.
Começa ai o trecho mais cinematográfico da história. Na propriedade paraguaia, Edmur conta ter sido informado que teria de resgatar um outro membro da facção, comparsa dos sequestradores.
Na manhã do dia seguinte, por volta de 6h20 de quarta-feira, ele e os 3 homens deixaram a fazenda no Paraguai e seguiram para a Bolívia, também sem indicar em qual localidade.
Na versão do piloto, ontem, por volta das 14h30, ele “aproveitou uma distração dos suspeitos, e conseguiu dar partida no avião e pousar às 17h15, em Cáceres”.
Edmur e a aeronave, modelo Cessna 182, devem chegar por volta das 12h30 de hoje em Paranaíba.