Em MS, 49 amostras de DNA foram coletadas na busca por desaparecidos
Campanha nacional foi realizada para chamar atenção sobre importância da coleta para investigação
Em Mato Grosso do Sul, a semana de mobilização nacional de coleta de DNA coletou amostras de 49 familiares de desaparecidos, relacionados a 39 casos em investigação. Em Campo Grande, a campanha teve participação de 16 pessoas.
O trabalho é realizado regularmente, mas a semana de 26 a 30 de agosto foi maneira de chamar atenção para o trabalho e coletar mais amostras que possam ajudar na busca dos desaparecidos.
Segundo dados da Polícia Científica, em Dourados foram 16 coletas e, em Costa Rica, sete coletas. Nos demais municípios - Aquidauana, Corumbá, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas - foram realizadas dez coletas ao todo.
Essas amostras foram enviadas para análise e integrarão a RIBGP (Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos), que permite o confronto de dados com outras amostras em todo o país.
A campanha segue em outras fases. A segunda etapa se concentrará na coleta de impressões digitais e material genético de pessoas vivas sem identificação, enquanto a terceira fase, chamada de análise do backlog, fará a verificação das impressões digitais de corpos não identificados que estão armazenadas em bancos de dados estaduais e federais.
A diretora do IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses), Josemirtes Fonseca Prado reforça que "a mobilização e as próximas etapas servem como alerta para aqueles que têm um familiar desaparecido. Procurem as autoridades e uma das unidades da Polícia Científica, pois a coleta de material genético é um serviço contínuo".
Mato Grosso do Sul registrou 1.468 desaparecimentos em 2023, sendo que em 2024, até agosto, são 803 casos, a maioria, homens. No dia do lançamento da campanha, a informação repassada era de 100 desaparecidos e 100 restos mortais pendentes de identificação. Em algumas situações, a família não retorna contato informando se a pessoa foi encontrada.
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