Em MS, 57 municípios cresceram, aponta Censo 2022
Mato Grosso do Sul, no total, teve aumento populacional de 12%, comparado a 2010, mas 22 municípíos diminuíram
Mato Grosso do Sul tem 22 municípios que apresentaram redução em suas populações, segundo o Censo 2022, mas 57 cresceram. A principal pesquisa do Brasil teve seus primeiros números divulgados nesta quarta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foram recenseados 1.208.975 domicílios no Estado.
Dos que apresentaram queda, a maior parte (12) está na fronteira ou faz divisa com estados vizinhos, de Mato Grosso, Goiás, São Paulo ou Paraná. O Estado como um todo apresentou crescimento populacional de 12,56%, passando de 2.449.024 para 2.756.700 moradores.
Dos 57 municípios com crescimento populacional, o mais expressivo ocorreu em Chapadão do Sul nos últimos 12 anos, de 61,98%. Em média anual, o aumento foi de 4,25%. O município, localizado a 331 quilômetros da Capital, passou de 19.648 habitantes para 30.993.
Vale ressaltar que o cálculo feito pelo IBGE considera não apenas o número de moradores, mas também sofre influência pela dinâmica da natalidade, mortalidade e migrações, além de levar em conta o número de anos.
Em seguida, os municípios de Costa Rica (43,31%), São Gabriel do Oeste (33,41%), Nova Alvorada do Sul (32,69%) e Três Lagoas (29,83%) apresentaram os maiores crescimentos populacionais.
Queda populacional
Tiveram as maiores reduções Porto Murtinho em habitantes (-15,81%), Pedro Gomes (-13,62%), Jateí (-10,60%), Anaurilândia (-9,89%) e Nioaque (-7,53%). Corumbá foi o município com a maior redução em números absolutos, passando de 103.703 habitantes em 2010 para 96.268 em 2022, uma redução de 7,14%.
Porto Murtinho teve a maior redução populacional também na média anual, de 1,43%. Em 2010, havia 15.372 habitantes e, em 2022, são 12.859. São 2.431 a menos.
Vale lembrar que, do total, 29 tiveram crescimento ou redução entre -5% e 5%. Ou seja, por mais que tenham tido alterações, não foram as mais significativas.
Dourados, maior município do interior, teve aumento de 19,67% - passando de 196.035 para 243.368 habitantes. O município que menos teve alteração - positiva ou negativa - foi Cassilândia, com um aumento de 0,1%. O município a 419 quilômetros da Capital tinha 20.966 habitantes em 2010 e passou a contar com 20.988 em 2022, apenas 22 a mais.
Tipos de domicílios no Estado
A grande maioria dos domicílios no Estado (1.205.866) é particular, o que representa taxa de 99,74%, segundo menor índice do País. Desses, 99,63% - equivalente a 1.204.524 - são permanentes. Entre eles, 979.540 estão ocupados, enquanto 224.984 estão desocupados.
Domicílios particulares servem de moradia para pessoas, em geral da mesma família, contam com cômodos e têm acesso aos serviços básicos de abastecimento de água, energia elétrica, saneamento ou coleta de lixo.
A Bahia tem a maior taxa de domicílios desocupados do País, com 25,79%, enquanto o Distrito Federal possui a menor taxa, com 15,57%. Mato Grosso do Sul ocupa a oitava posição nesse aspecto.
Dentre os desocupados, 150.202 estão vagos, enquanto 74.782 são de uso ocasional. Este índice representa 6,19% do total. O Distrito Federal é a unidade federativa com menor taxa nesse quesito, de 2,88%, enquanto Santa Catarina possui a maior taxa, de 10,32%.
Em relação aos domicílios improvisados, Mato Grosso do Sul tem taxa de 0,11%, a quarta mais alta do País, empatada com Goiás. As maiores taxas são registradas no Amapá (0,13%), Alagoas (0,13%) e Roraima (0,36%), enquanto Santa Catarina possui a menor taxa, de 0,04%.
Domicílios improvisados são classificadas assim por não apresentarem condições básicas para viver. São exemplos barracos, prédios com construção inacabada e outros espaços precários.
Entram ainda nessa categoria aqueles localizados em espaços que não são destinados exclusivamente à moradia, como fábricas e comércios, por exemplo.
Quanto aos domicílios coletivos, Mato Grosso do Sul apresenta a segunda maior taxa nacional, com 0,26%, atrás apenas de Mato Grosso, com 0,41%. Em números absolutos, são 1.342 domicílios particulares improvisados e 3.109 domicílios considerados coletivos. Esses espaços recebem essa classificação por terem alguma central de gerência e não serem ocupados por pessoas da mesma família, em geral.
São exemplos hotéis, pensões, presídios, quartéis, asilos, orfanatos, conventos, hospitais e clínicas de internação e alojamento de trabalhadores.
Notavelmente, o município de Japorã se destaca por ter todos os domicílios recenseados particulares, enquanto em Ribas do Rio Pardo o índice é de 96,15%, o menor registrado no Estado.
Sete Quedas é o município onde há mais domicílios permanentes ocupados, são 93,88%. Em Corguinho, é onde há o menor índice, de 51,81% de imóveis ocupados. Em Brasilândia, no entanto, é onde esta maioria de domicílios particulares permanentes não são ocupados e vagos, 24,45%.
Em Corguinho, 30,26% dos domicílios são permanentes não ocupados, mas com uso ocasional, principal taxa. Em Mundo Novo, há 1,53% de imóveis particulares improvisados, maior índice. No mesmo aspecto, Guia Lopes da Laguna e Costa Rica têm menores registros, de 0,02%.
Em Itaporã, apenas 0,03% são imóveis coletivos, menor taxa estadual. Em Ribas do Rio Pardo, é onde há o maior índice, de 2,85%.
Densidade demográfica
No que diz respeito à densidade demográfica, número de habitantes dividido por território, Mato Grosso do Sul ocupa a nona posição entre as unidades federativas do País, com 7,72 habitantes por km² (quilômetro quadrado).
Os estados com menor densidade são Amazonas (2,53 habitantes por km²), Roraima (2,85), Mato Grosso (4,05), Acre (5,096), Amapá (5,15) e Tocantins (5,45).
Por outro lado, o Distrito Federal é a unidade federativa com maior densidade demográfica, com 489,01 habitantes por km², seguido pelo Rio de Janeiro (366), São Paulo (178,96), Alagoas (112,38) e Sergipe (100,72).
Moradores por domicílio
Paranhos foi o município que apresentou a maior média de moradores por domicílios - são 3,5. Camapuã tem o menor índice, de 2,49. Em Campo Grande, são 2,74 moradores, em média, para cada domicílio. Em 2010, Jaraguari havia registrado a menor taxa, de 2,79.
A média estadual é de 2,79. Nesse aspecto, Rio Grande do Sul possui menor indicador, de 2,54 moradores por domicílio, enquanto o estado de Amazonas lidera o ranking, com média de 3,64 moradores por domicílio.