Embarcação paraguaia com soja de MS é retida em porto na Argentina
A tarifa a ser paga, segundo decisão judicial de juizado argentino, é de 4.232,13 dólares
Embarcação paraguaia com soja produzida em Mato Grosso do Sul está parada em porto argentino por falta de pagamento de pedágio na hidrovia Paraguai-Paraná. O caso é visto com maus olhos pela Comunidade Internacional e pelo secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento de MS, Jaime Verruck, já que a tarifação seria ilegal diante do tratado de livre navegação.
“Essa cobrança não tem sentido dentro do tratado hidroviário. A Argentina não pode tomar decisões unilaterais”, afirmou Verruck. Ele disse que, na última semana, uma embarcação que saiu de Porto Murtinho foi impossibilitada de continuar viagem sem o pagamento da taxa. O caso ocorreu na última sexta-feira, conforme o diário paraguaio ABC Color.
O secretário lembrou que desde janeiro, quando a cobrança passou a ser feita, várias manifestações contrárias já foram emitidas por diversos órgãos e a situação prejudica a comercialização de soja sul-mato-grossense, alvo da atual embarcação, assim como a de minério, que sai de Corumbá e também utiliza a hidrovia Paraguai-Paraná. “Isso já está com o Ministério de Relações Exteriores”, afirmou o secretário, reforçando que “é preciso respeitar o tratado da hidrovia”.
Caso – Foram retidas duas embarcações na última sexta-feira no Puerto de San Lorenzo, na província de Santa Fe, na Argentina. Um é o navio HB Phoenix, da Bolívia, e HB Grus, do Paraguai. Em ambos, a mercadoria é brasileira. A tarifa a ser paga, segundo decisão judicial de juizado argentino, é de 4.232,13 dólares. O Ministério de Relações Internacionais do Paraguai considera a medida argentina “injustificada”.
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