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Cidades

Empresa de engenharia se defende de denúncia sobre falsa oferta de emprego

O caso veio à tona na semana passada, quando trabalhadores procuraram sindicato para denunciar problemas

Lucia Morel e Natália Olliver | 16/05/2023 19:20
Acordo foi definido na semana passada em reunião no MPT. (Foto: Paulo Francis)
Acordo foi definido na semana passada em reunião no MPT. (Foto: Paulo Francis)

Empresa de engenharia responsável por selecionar soldadores para trabalhar na construção da fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo, a Enesa enviou nota esta tarde ao Campo Grande News afirmando que “todas as vagas oferecidas são reais e estão de acordo com a legislação trabalhista e acordo coletivo vigente”.

O caso veio à tona na semana passada, quando trabalhadores procuraram o Sinticop-MS (Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada de Mato Grosso do Sul) para denunciar más condições, propaganda enganosa de emprego e ameaça.

“Reiteramos ainda que a exigência no processo de recrutamento e seleção de soldadores faz com que as métricas de aprovação atendam a critérios de segurança correlacionados diretamente à qualidade da soldagem executada, portanto, para aprovação de um candidato, se faz necessário o acompanhamento dos testes laboratoriais realizados em corpos de prova”, explica a empresa.

Afirma ainda que os trabalhadores, ao virem a Campo Grande, foram hospedados “com todas as condições cabíveis de habitação, alimentação e recursos para atendimento de suas necessidades básicas” e que nos casos em que o candidato reprovou no teste, “conduzimos os mesmos para retorno a sua cidade de origem e realizamos o pagamento de suas despesas de acordo com o ACT 2023/2024 vigente”.

Também na semana passada, acordo entre a empresa, o sindicato e o MPT (Ministério Público do Trabalho) determinou que em 48 horas (válidas desde a última sexta-feira) a empresa e o sindicato formalizem lista com nomes de todos os soldadores que precisam retornar para casa e a entregue ao ministério em 72 horas. O valor do salário previsto (cerca de R$ 3 mil) ainda servirá de base para aferir valor de multa a ser aplicada por quebra de acordo coletivo.

Os trabalhadores listados terão direito a voltar para casa de avião, desembarcando no aeroporto mais próximo da moradia e caso seja em outra cidade, o transporte terrestre também será custeado pela Enesa.

Por fim, a empresa reforça que todas as documentações que provam a “lisura de nossas atividades referentes a situação apontada se encontram a disposição para avaliação” e que “somos uma empresa consolidada no mercado há mais de 45 anos, sempre mantendo a preocupação com as questões relacionadas a sociedade, meio ambiente, saúde e segurança, atendendo diretrizes éticas e transparentes que visam agregar maiores oportunidades no mercado, considerando todas as interfaces ligadas direta ou indiretamente em nossas atividades”.

O sindicato informou à reportagem que o prazo para quitação verbas será dia 23 de maio e que as planilhas serão atualizadas diariamente como nomes dos soldadores. "A empresa também se comprometeu em ajustar a cláusula do acordo coletivo que permite prazo 5 dias para testes", disse o presidente Walter Vieira dos Santos.

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