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Cidades

Ensino integral chegará a 40% das escolas estaduais de MS em 2022

Aprovação em algumas unidades beira os 100%, enquanto abandono dos estudos foi zerado

Adriel Mattos | 28/12/2021 14:27
Escola Estadual Presidente Médici, de Naviraí, foi recentemente reformada. (Foto: Chico Ribeiro/Arquivo/Subcom-MS)
Escola Estadual Presidente Médici, de Naviraí, foi recentemente reformada. (Foto: Chico Ribeiro/Arquivo/Subcom-MS)

O ensino em tempo integral nas escolas estaduais de Mato Grosso do Sul deve chegar a 40% da rede em 2022. Criado em 2015, o programa Escola de Autoria atenderá 132 unidades no próximo ano.

A redução nos índices de abandono, aumento na taxa de aprovação e crescimento do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), observado nas escolas que colocaram a proposta em prática, chamaram a atenção e logo se tornaram marcas da iniciativa.

A Escola Estadual Presidente Médici, localizada no município de Naviraí, foi uma das unidades que colheram importantes frutos com a adesão. Fundada em 30 de outubro de 1967, a escola formou muitos dos profissionais que hoje exercem suas funções na cidade e em outros lugares do Estado.

No ano de 2017, passou a contar com o Ensino Médio em Tempo Integral e ganhou destaque no cenário municipal e estadual nas avaliações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com 60% de aprovação dos estudantes em universidades públicas e no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), com nota de 4,9.

“Nas provas do Sistema de Avaliação da Educação de MS, o Saems, todas as notas ficaram acima da média estadual em Língua Portuguesa, Matemática e Produção textual. Além disso, a escola conta com uma taxa de aprovação de 98% e taxa de abandono em 0%”, destacou a diretora Sandra Passos.

Com a ampliação, 54 cidades de Mato Grosso do Sul passam a contar com o Ensino em Tempo Integral, com ofertas para Ensino Fundamental e Médio. Somadas, as escolas poderão atender até 32 mil estudantes durante o próximo ano letivo, que poderão vivenciar – na prática – as premissas do programa, que destaca o protagonismo dos estudantes e o incentivo à pesquisa.

Outro destaque é a Escola Estadual Indígena Yvy Poty, em Caarapó. Primeira unidade indígena do programa, iniciou o atendimento aos estudantes com pouco mais de 200 alunos matriculados. O trabalho de sucesso resultou na adesão da comunidade e, em 2021, a escola contou com 350 alunos, matriculados em turmas de Ensino Médio em Tempo Integral e módulos finais da EJA – Conectando Saberes.

Para o diretor Valdinei Marques Mendonça, o objetivo dessa proposta é mudar a vida dos estudantes, que por vezes deixam a sala de aula para trabalhar. “Nosso objetivo é, através do Ensino Integral [e em Tempo Integral], através do Projeto de Vida, tornar o aluno autônomo, solidário e competente, para que ele possa enxergar algo a mais. Além de poder ajudar a própria comunidade, trabalhamos para que ele possa viver feliz, com renda e ajudando no desenvolvimento da própria comunidade”, disse.

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