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Cidades

Estado possui 39 áreas de risco, que afetam 21 mil moradores

Mato Grosso do Sul tem o quarto menor número de áreas de risco em todo Brasil

Guilherme Correia | 24/01/2023 11:48
Região da Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande, durante alagamento; local é uma das áreas de risco. (Foto: Direto das Ruas)
Região da Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande, durante alagamento; local é uma das áreas de risco. (Foto: Direto das Ruas)

Mato Grosso do Sul possui 39 áreas de risco mapeadas pelo Ministério de Minas e Energia, o que inclui locais com chance de deslizamentos e inundações, por exemplo. Ao todo, 21 mil habitantes são impactados.

O estado ocupa a quarta posição de unidades da Federação com menor número de tais áreas, à frente apenas de Roraima (33), Distrito Federal (22) e Tocantins (0).

Os mais impactados são Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Um dos principais motivos é o fator geológico de relevo, segundo especialistas, como regiões com terrenos inclinados, morros e serras, o que provoca instabilidade e deslizamentos. Além disso, a posição de rios também influencia na incidência de inundações.

Em território sul-mato-grossense, Miranda (6), Corumbá (5), Ponta Porã (4), Campo Grande (4) e Camapuã (4) têm os maiores números de áreas de risco.

Em seguida, aparecem Aquidauana (2), Nioaque (2), Bonito (2) e Guia Lopes da Laguna (2). Por fim, os municípios de Porto Murtinho, Bataguassu, Batayporã, Bela Vista, Coxim, Dourados, Ivinhema e Anastácio têm, cada um, uma área de risco.

A maior parte, 26, são áreas com risco de inundação. Outras sete apresentam risco de deslizamento, três de enchente, duas de erosão e uma de colapso.

Área em Ponta Porã é a única do Estado com risco muito alto de inundações. (Foto: Reprodução)
Área em Ponta Porã é a única do Estado com risco muito alto de inundações. (Foto: Reprodução)

Quase todos têm risco alto, mas área em Ponta Porã possui grau muito alto de inundação. No encontro da Rua Corumbá com a Rua Aeroporto Internacional Antônio João, há um local com cerca de 70 habitantes, que moram em casas mistas de alvenaria e madeira, em ruas sem pavimentação.

Devido à área de declividade às margens do Córrego São Estevão, ocupada por moradias irregulares e vulneráveis, o estudo sugere realocar moradores em condições de maior vulnerabilidade e promover a revegetação das margens e áreas sem habitação a fim de não permitir ocupação dando a área um novo uso.

Há “pequenos comércios locais nos bairros e templos, além de estação de captação de água”, conforme o ministério.

Avenida José Rodrigues Barbosa possui área de risco, nas proximidades de vegetação. (Foto: Reprodução/Google Maps)
Avenida José Rodrigues Barbosa possui área de risco, nas proximidades de vegetação. (Foto: Reprodução/Google Maps)

Capital - Em Campo Grande, um dos quatro pontos está no encontro das avenidas Ernesto Geisel e Euler de Azevedo, no São Francisco, região que costuma inundar com frequência.

Neste ano, a alguns metros dali, o encontro com a Avenida Rachid Neder ficou inundado após chuvas fortes registradas no mês de janeiro.

Os outros pontos são na Avenida José Rodrigues Barbosa, na Vila Popular; Rua Elenir Amaral, no Jardim Zé Pereira; e Avenida Capibaribe, no Jardim Petrópolis.

Dados - Em todo Brasil, há 3,9 milhões de pessoas que vivem em 13.297 áreas de risco. Dessas, quatro mil localidades são classificadas como de “risco muito alto”. Os dados podem ser visualizados no painel do Serviço Geológico do Brasil.

O mapa não contempla a totalidade das cidades brasileiras, e sim as 1,6 mil cartografadas até o momento. Assim, podem existir áreas sujeitas a desastres em localidades ainda não mapeadas pelo serviço.

Trecho da Avenida Capibaribe também está listado como área de risco. (Foto: Reprodução/Google Maps)
Trecho da Avenida Capibaribe também está listado como área de risco. (Foto: Reprodução/Google Maps)
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