Estado tem 37 pacientes internados fora e precisa de UTI para mais 160
Somente em Campo Grande, fila de espera é de 106 pessoas
Mato Grosso do Sul já soma 37 pacientes com covid-19 transferidos a Rondônia ou São Paulo para tratamento em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), e maioria deles – 18 – são de Dourados. Campo Grande e São Gabriel do Oeste mantém quatro pacientes, cada um, fora de MS.
Há ainda sul-mato grossenses das cidades de Bonito, Itaquiraí e Maracaju em leitos intensivos emprestados por aqueles estados. A medida foi adotada porque o Estado não tem mais condições em seus hospitais de ampliar o número de UTIs, principalmente devido a falta de mão de obra, já que os profissionais de saúde já estão sobrecarregados com as 596 vagas intensivas em funcionamento em MS.
Hoje, mais três pessoas estão a caminho de UTIs fora do Estado, o que foi autorizado pelas famílias. Uma delas paciente é de Campo Grande, outra de Maracaju e mais uma de São Gabriel do Oeste.
Mesmo com a ajuda humanitária desses estados e a ampliação já realizada em MS, há ainda 170 pessoas com covid-19 precisando de um leito de UTI em Mato Grosso do Sul, sendo 106 delas em Campo Grande.
Nesses casos, os pacientes ficam em leitos improvisados, como em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), onde há falta de medicamentos específicos de UTI e de equipamentos para exames necessários. Tal situação, faz muitas famílias recorrerem à Justiça para conseguirem a vaga, que nem sempre surge antes da ocorrência de um óbito.
Números – as transferências começaram no sábado, dia 5 de junho, quando nove pacientes foram transferidos para o Estado de Rondônia, sendo 7 de Dourados, um de Bonito e outro de Itaquiraí, que estava internado em Eldorado.
Durante o restante das semanas, mais foram levados para Rondônia e São Paulo, totalizando agora 37, sendo 27 em cidades paulistas (São Bernardo do Campo e São Paulo) e dez na capital rondoniense, Porto Velho.
A única alta até o momento é de uma paciente de 29 anos que estava internada em Porto Velho desde 4 de junho. Ela retornou para a cidade de Dourados na semana passada em avião comercial, com a passagem custeada pelo Governo do Estado.
Entre os quatro óbitos, dois são pacientes de Campo Grande que estavam em São Paulo e outros dois de Dourados – que estava em Rondônia – e Maracaju – que estava em São Paulo. A idade das vítimas era entre 52 e 76 anos.