Escolaridade baixa é fator de risco para demência, aponta pesquisa
Em 2022, havia 50 mil analfabetos com 60 anos ou mais em Mato Grosso do Sul
Pesquisa revela que a baixa escolaridade pode aumentar o risco para o declínio cognitivo, que pode ser manifestada com a perda de memória, atenção, raciocínio e capacidade de aprendizado. O estudo foi realizado pelo professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Eduardo Zimmer, e recebeu apoio do Instituto Serrapilheira.
RESUMO
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Pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) revelou que a baixa escolaridade é o principal fator de risco para o declínio cognitivo. O estudo, que analisou mais de 41 mil pessoas na América Latina, incluindo 9,4 mil casos brasileiros, utilizou inteligência artificial para identificar padrões. A baixa escolaridade superou outros fatores como sintomas de saúde mental, atividade física, tabagismo e isolamento social. Em Mato Grosso do Sul, existem 50 mil analfabetos com 60 anos ou mais, representando 13,7% desta faixa etária. O Brasil tem atualmente 2,71 milhões de pessoas com algum tipo de demência, número que pode chegar a 5,6 milhões em 2025, segundo projeções.
Para a realização do levantamento foram analisadas mais de 41 mil pessoas na América Latina, com inteligência artificial, aliada a técnicas de aprendizado de padrões a partir de dados e para realização de previsões.
Segundo divulgado, a pesquisa analisou mais de 9,4 mil casos brasileiros derivados do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros. Assim, foi possível identificar que “a baixa escolaridade foi o maior fator de risco para casos de declínio cognitivo, seguida de sintomas de saúde mental, atividade física, hábitos de fumo, isolamento social, entre outros”.
O artigo expande “o leque de riscos”, com isso, a idade e sexo aparecem de forma menos relevante, em termos de estatística. “Os níveis baixos de escolaridade, junto com as já conhecidas instabilidade econômica e insegurança social do país, têm impacto significativo no envelhecimento cerebral da população brasileira, especialmente nas regiões mais pobres”, revela.
Em 2022, havia 50 mil analfabetos com 60 anos ou mais em Mato Grosso do Sul, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 13,7% neste grupo etário. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil há, em torno de, 2,71 milhões de pessoas com algum tipo de demência. A projeção da pesquisa é que em 2025 esse número suba 5,6 milhões de diagnósticos no país.
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