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Cidades

Federação diz que 90% administrativos estão parados, mas escolas funcionam

Liminar garante o funcionamento das escolas da rede estadual de educação; Fetems afirma que ainda não foi notificada

Fernanda Palheta e Mirian Machado | 20/05/2019 11:03
Na Escola Estadual Amando de Oliveira as atividades não foram interrompidas no primeiro dia de paralisação (Foto: Henrique Kawaminami)
Na Escola Estadual Amando de Oliveira as atividades não foram interrompidas no primeiro dia de paralisação (Foto: Henrique Kawaminami)

A paralisação de cerca de 90% dos trabalhadores da administrativos da educação de Mato Grosso do Sul em Campo Grande, nesta segunda-feira (20), , segundo a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), não deve interromper as aulas na Rede Estadual de Educação. É o que afirma a SES (Secretaria Estadual de Educação).

Mesmo com a adesão dos servidores nas primeiras horas da paralisação, pasta garante que as atividades nas escolas não serão afetadas, já que uma liminar expedida pela Justiça Estadual obriga que dois terços dos trabalhadores administrativos continuem trabalhando.

A decisão foi emitida pelo desembargador Luiz Tadeu Barbosa Silva, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que justificou que há “perigo de dano” para um serviço essencial, como é a Educação.

Até o fim da manhã, a Secretaria não tinha um levantamento das escolas afetadas pela paralisação. “Os administrativos que estão paralisando podem corresponder ao determinado na justiça, ou seja, a paralisação tem que ser parcial, respeitando esse limite. O que vai impedir a interrupção das aulas e garantir o funcionamento das escola”, aponta a SES.

Ainda segundo a Secretaria, caso alguma escola feche durante a paralisação, a pasta vai entrar em contato, ver quais foram os motivos e de que forma isso aconteceu.

Aguardando notificação

Apesar da decisão judicial determinar a paralisação parcial das atividades, presidente da Fetems, Jaime Teixeira, reforçou o início do grave com 90% de adesão. O que significa que cerca de 1.800 servidores devem paralisar as atividades nas escolas estaduais na Capital.

“Ainda não fomos notificados pela justiça, enquanto isso, vamos seguir com a mobilização. Quando formos notificados faremos uma nova assembleia para discutir”, justificou Teixeira. “Estamos cobrando incorporação do abono e o reajuste dos servidores administrativos, que estão com os salários congelados há dois anos. Além da contratação de mais funcionários”, defende Teixeira.

Desequilíbrio

No primeiro dia de greve dos servidores administrativos as atividades na Rede Estadual de Educação seguem “normalmente”, como é o caso da Escola Estadual Amando de Oliveira, no Vila Piratininga e a Escola Estadual Rui Barbosa, no bairro Santo Antônio.

Conforme a diretora da Escola Estadual Rui Barbosa, Tânia Mara, apenas uma funcionaria aderiu a paralisação. “Hoje no período da manhã está tudo tranquilo. Não sei se isso é bom ou ruim”, disse.

Na unidade que tem duas merendeiras e uma agente de limpeza, a diretora destaca que qualquer pessoa que falta vai “desequilibrar” o andamento das atividades. “Todos os servidores exercem uma função essencial para escola, quando falta um, o trem sai dos trilhos”, explica Tânia.

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