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Cidades

Feriadão reduziu casos, mas MS continua no pico de mortes por covid

Mato Grosso do Sul chega hoje a 4.630 desde o início da pandemia

Guilherme Correia | 07/04/2021 11:35
Leito de terapia intensiva no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (Foto: Saul Scharmm/Governo estadual)
Leito de terapia intensiva no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (Foto: Saul Scharmm/Governo estadual)

Boletim epidemiológico traz 59 mortes por covid-19 em Mato Grosso do Sul, índice que tem apresentado a maior alta de toda a pandemia nos últimos dias. Apesar disso, internações e casos graves sentiram leve redução, o que pode indicar fruto do "feriadão" decretado há duas semanas em Campo Grande.

Foram 1,4 mil infectados hoje, elevando patamar para 224,6 mil casos ao todo. Há uma semana, foram 1,7 mil, registrados também em 24 horas.

Entre os novos óbitos, 16 pessoas tinham menos de 60 anos, sendo que a mais nova era morador de Jaraguari de apenas 26 anos. Há algumas semanas, o Campo Grande News tem reportado que a doença tem atingido jovens e pessoas sem comorbidades com maior frequência.

Redução em internações - Registro mais recente indica que há 1.234 pacientes internados em leitos clínicos ou de terapia intensiva, nos hospitais particulares ou públicos do Estado. Esse número é levemente inferior ao verificado há sete dias, quando eram 1.296.

Apesar disso, essa redução também tem a ver com a alta de mortes. Durante transmissão, a secretária-adjunta em Saúde, Crhstinne Maymone, comentou que  em muitos casos, os leitos só ficam disponíveis devido à morte do paciente que o ocupava até então.

A macrorregião de saúde da Capital, conforme o documento, registrou índice de ocupação de 103%. Ou seja, todos os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) estão com pacientes, e ainda há excedente de 3% em estruturas improvisadas ou não habilitadas oficialmente.

Para o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, a alta em hospitalizações também tem a ver com o uso inadequado de medicamentos do "kit covid", que não possuem comprovação científica.

"Ficam usando isso em casa e quando procuram hospitais já chegam num avançar muito grande da doença, e infelizmente em quadros que levam em sua grande maioria a óbitos", finalizou.

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