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Cidades

Fita branca com alianças une caixões de PRF e esposa mortos em acidente aéreo

PRF que atuava em MS e mulher estavam em avião que caiu em São Paulo; casal foi velado no Rio Grande do Sul

Por Dayene Paz | 13/08/2024 10:52
Fita branca com alianças unindo caixões. (Foto: Reprodução/ RBS TV)
Fita branca com alianças unindo caixões. (Foto: Reprodução/ RBS TV)

Uma fita branca com duas alianças une os caixões do policial rodoviário federal Hiales Carpine Fodra e da esposa, a fisiculturista Daniela Schulz Fodra. Os dois eram passageiros do avião da Voepass Linhas Aéreas, que caiu em Vinhedo (SP), na sexta-feira (9). O acidente aéreo matou 62 pessoas, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes.

Hiales e Daniela foram velados nesta segunda-feira (12), em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, cidade onde a mulher nasceu. O velório continuou nesta terça-feira (13) na cidade de Moreira Sales, no Paraná, até às 10h - horário do sepultamento na cidade paranaense.

Hiales Carpine Fodra e a esposa, Daniela, em foto publicada no Instagram. Foto: Reprodução das redes sociais)
Hiales Carpine Fodra e a esposa, Daniela, em foto publicada no Instagram. Foto: Reprodução das redes sociais)

O casal morava em Cascavel (PR), cidade que fica a três horas e meia de Naviraí, de onde partiu o voo com destino a Guarulhos (SP). Momentos antes de embarcar, Daniela postou vídeos, já no aeroporto, contando para a audiência de 18 mil seguidores no Instagram da viagem. “Bastante horas de espera, de voo, mas se Deus quiser vai dar tudo certo e vou postando aqui para vocês”.

Hiales nasceu em Moreira Sales, no Paraná, tinha 33 anos e era engenheiro agrônomo por formação. Ele ingressou na PRF em 2020 e no início da carreira trabalhou em Rio Branco, no Acre. Atualmente, estava lotado na base operacional de Naviraí (MS). Daniela nasceu em Santa Rosa.

O acidente - A aeronave, um turboélice modelo ATR-72 operado pela Voepass Linhas Aéreas, havia decolado de Cascavel com destino ao Aeroporto de Guarulhos (SP). A companhia aérea informou que acionou todos os recursos disponíveis para prestar apoio aos envolvidos e que ainda não há confirmação sobre as causas do acidente.

Equipe do Cenipa, órgão que investiga a causa de acidentes aéreos, observa os destroços do avião (Foto: Divulgação/FAB)
Equipe do Cenipa, órgão que investiga a causa de acidentes aéreos, observa os destroços do avião (Foto: Divulgação/FAB)

A Voepass Linhas Aéreas emitiu nota informando que a aeronave decolou “sem nenhuma restrição operacional, com todos os seus sistemas aptos para a realização do voo”. O avião explodiu ao tocar no solo no quintal de casa no condomínio residencial Recanto Florido, próximo da rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-324).

Segundo o secretário de Segurança de Vinhedo, a queda ocorreu próxima a uma residência ocupada, mas não houve feridos em solo.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) lamentou o ocorrido e informou que está monitorando as providências necessárias para investigar a situação da aeronave e da tripulação. A Polícia Federal também instaurou um inquérito para apurar o acidente, e a FAB (Força Aérea Brasileira) enviou uma equipe de investigadores para realizar a análise inicial do incidente.

Todo conteúdo de duas caixas pretas do avião foi extraído com sucesso, de acordo com o brigadeiro do ar Marcelo Moreno, chefe do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão responsável pela investigação de acidentes aéreos. As caixas contém gravador de voz, chamado de Cockpit Voice Recorder, e gravador de dados, o Flight Data Recorder.

Os dados confirmam que não houve declaração de emergência ao controle de tráfego aéreo por parte da tripulação da aeronave acidentada.

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