Frentista condenado por matar vigia com facada no pescoço é preso

Condenado a quatro anos pela morte do vigia Rafael Weyklen da Silva, o frentista José Eduardo Dias Viana, 39, foi preso nesta segunda-feira (29), em Ribas do Rio Pardo, cidade a 98 quilômetros de Campo Grande. O crime aconteceu em fevereiro de 2021, no Bairro Jardim Centro-Oeste, e o autor estava foragido.

De acordo com as informações da Polícia Civil, José estava com mandado de prisão em aberto, expedido em janeiro deste ano. Ele foi encontrado pela equipe da Delegacia de Ribas do Rio Pardo e também é suspeito de ter ameaçado um colega de trabalho na madrugada do domingo (28). Detalhes da prisão não foram divulgados.

Homicídio – Rafael foi morto com facada no pescoço no dia 11 de fevereiro de 2021. O crime aconteceu na residência da vítima na Rua Aydê Roque, no Jardim Centro-Oeste, após uma discussão com o autor. Eles teriam passado a tarde ingerindo bebida alcoólica com uma adolescente.

À polícia, a menina de 17 anos contou que os três estavam juntos desde o dia anterior e no dia do crime teria ido dormir com o filho de 2 anos, pouco antes do homicídio, e acordou com o barulho da discussão entre os dois.

Quando se levantou, ela foi até o fundo da casa e viu o momento em que José esfaqueou Rafael. O frentista ainda teria ido em direção à adolescente. Ela então saiu correndo e deixou a criança em casa. Minutos depois, ela voltou para o imóvel e não encontrou mais o autor.

José acabou sendo preso horas depois por equipe da Polícia Militar. A arma do crime não havia sido localizada. Em depoimento, ele disse que não tinha intenção de matar Rafael e que a discussão aconteceu por bebida e ciúmes. O autor alegou que atingiu a vítima com um caco de vidro, depois deixou o objeto no chão e fugiu.

Condenado – O autor acabou sendo julgado pelo crime em setembro de 2022. Na ocasião, sentado no banco dos réus da 1ª Vara do Tribunal do Júri, ele confessou o homicídio. "Amanhecemos bebendo e usando cocaína. Aí fomos buscar duas meninas para ir para a casa dele, antes eu comprei cerveja e rodamos as bocas de fumo para ver se achava droga. Depois, uma delas foi embora e do nada ele começou a discutir, me deu um murro e eu perguntei o que tinha acontecido. Como ele era mais forte do que eu, peguei uma faca na mesa para me defender, desferi um golpe e saí correndo", contou José Eduardo, alegando que não tinha intenção de matar o jovem.

Ele acabou condenado a quatro anos de prisão em regime aberto, mas o juiz Carlos Alberto Garcete manteve a medida cautelar de internação provisória, por conta.

Mandado – O mandado de prisão para recaptura de José foi expedido no dia 18 de janeiro deste ano, pelo juiz Fernando Chemin Cury, da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande. O documento, válido até 28 de novembro de 2030, foi cumprido nesta segunda-feira, em Ribas do Rio Pardo.