Governo quer novo Hospital Regional e gestão privada em 4 cidades
Uma PPP para a administração hospitalar está entre os planos para a estrutura, alvo recorrente de críticas
O Governo do Estado quer construir um novo prédio dentro da área onde está o Hospital Regional, em Campo Grande, com perspectiva de repassar a gestão ao setor privado, por meio de uma PPP (parceria público privada), e produzir um modelo de administração da saúde na unidade “moderno, atual”, nas palavras do governador Eduardo Riedel, do PSDB. Esta manhã, ele avaliou a participação do Estado no evento MS Day, em Nova Iorque, e contou que essa proposta fez parte de um pacote de projetos estimadas em R$ 27 bilhões que foram apresentadas a empresários e setores de investimento e financiamento, em busca de parcerias.
Mas a ideia de criar um novo modelo de gestão hospitalar, que segundo Riedel, ainda é nova, com exemplos na Bahia e em Belo Horizonte, não se resume ao HR, mas também a unidades em Três Lagoas, Dourados e Corumbá. Sobre esta última cidade, Riedel mencionou que a Santa Casa é ligada à prefeitura, mas “Corumbá precisa”, referindo-se sobre a necessidade de aperfeiçoar a gestão hospitalar e oferta dos serviços de saúde, o que pode incluir a criação de um novo hospital.
Sobre o HR, o governador mencionou que a instituição tem 33 anos e precisa de atualização, daí a necessidade de construir outro prédio, ocupá-lo e remodelar o existente. O modelo, entretanto, têm limitações, uma vez que a chamada “bata branca”, que são os serviços médicos, são atividade fim, e o governo não pode repassar ao setor privado.
Hoje, a Prefeitura de Campo Grande tem gestão plena e controle da regulação de pacientes que chegam à rede hospitalar, sem que a Secretaria Estadual de Saúde possa intervir, mesmo que envolvendo pacientes em trânsito entre instituições ligadas à rede estadual de saúde. Essa mudança poderia permitir autonomia ao Governo. Riedel disse ser “óbvio” que há intenção de ter controle da gestão da regulação, independente do final do projeto da PPP, porque está “convicto” da necessidade de melhorar a gestão da saúde “como um todo”. Ele diz que o Estado recebe “80% dos pacientes no escuro”.
Sobre os termos e valores que constariam nesse projeto de PPP, o governador afirmou que só devem ganhar corpo adiante, uma vez que o assunto está sendo estudado em parceria com o BID para a formulação do projeto de parceria, e que os profissionais da instituição serão ouvidos.