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Cidades

Governo vai comprar 3 milhões de máscaras e estuda kit para volta às aulas

Ao telefone com o Campo Grande News, Reinaldo Azambuja disse que só depois que tiver equipamento vai decidir sobre uso obrigatório

Anahi Zurutuza | 26/05/2020 17:30
Produção de máscaras em incubadora de Campo Grande; governo também vai comprar produto (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
Produção de máscaras em incubadora de Campo Grande; governo também vai comprar produto (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

O Governo de Mato Grosso do Sul vai comprar 3 milhões de máscaras para serem distribuídas aos servidores, comunidades carentes e ainda para compor kits de proteção a serem entregues na volta às aulas presenciais na Rede Estadual. O anúncio é do governador Reinaldo Azambuja, que, ao telefone com o Campo Grande News, disse que só vai decidir se decreta o uso obrigatório do equipamento no Estado depois que a encomenda estiver pronta.

“Não basta exigir, decretar e não ter para distribuir”, ponderou o governador. Segundo Reinaldo, a compra será feita por meio de processo licitatório, que deve ser lançado nos próximos dias.

O uso obrigatório de máscaras seria uma das medidas de contenção ao avanço do coronavírus importantes para que o Estado não tenha de tomar providências mais radicais. "Hoje a gente ainda tem uma certa tranquilidade pelo volume de leitos de UTI e clínicos desocupados. Mas, não podemos abrir mão do isolamento e não queremos o relaxamento”.

O governo trabalha ainda num plano para a retomada das aulas presenciais nas escolas estaduais e uma das ideias, de acordo com Reinaldo, para garantir a segurança dos alunos, é distribuir kits com máscara e álcool em gel que deverão ser usados durante o período na escola. “Estamos desenhando com a Secretaria de Estado de Educação isso ainda”.

Governador Reinaldo Azambuja em entrevista, quando encontros ainda eram possíveis; hoje, ele falou ao telefone com o Campo Grande News (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Governador Reinaldo Azambuja em entrevista, quando encontros ainda eram possíveis; hoje, ele falou ao telefone com o Campo Grande News (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)



Baixo isolamento - Para o governador, ao rápido avanço da doença nas últimas semanas se deu justamente porque a população contrariou as recomendações das autoridades de saúde e saiu de casa.

“Já era esperado que a gente teria o crescimento, mas não nos níveis que estamos acompanhando, mas o descuido de alguns fez subir os casos. Tereré, festinhas,  refletiram nos números”.

Embora os números de positivos em Guia Lopes da Laguna e Bonito tenham explodido a partir de contaminações dentro de frigoríficos, para Reinaldo, não há como culpar o ramo pelo aceleramento da curva em Mato Grosso do Sul. É uma atividade que, segundo ele, garante o abastecimento no Estado e que não pode parar. “Acredito que se mantiver um nível de isolamento e o cuidado maior das pessoas, usando máscara, cuidando da higiene, vamos conseguir superar essa pandemia”.

O chefe do Executivo estadual afirma que ainda é possível manter mais localizadas medidas como toque de recolher e lockdown, mas garante que o Estado dará o suporte necessário aos prefeitos. “Isso é muito a nível municipal, para lugares onde tem crescimento exponencial. Paralisar atividades produtivas no geral é muito complicado. Temos de manter, com regras de biossegurança”.

Mato Grosso do Sul registrou nesta terça-feira (26) a 18ª morte pela doença e ultrapassou, nesta semana, a marca dos 1 mil casos confirmados.

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