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Cidades

Grupo é investigado por sonegar R$ 20 milhões em impostos de pescado

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de prisão em cinco cidades; um deles em Campo Grande

Ana Paula Chuva | 30/06/2023 16:36
Documentos, munições, arma e outros equipamentos apreendidos durante a operação. (Foto: Divulgação | PCMT)
Documentos, munições, arma e outros equipamentos apreendidos durante a operação. (Foto: Divulgação | PCMT)

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou nesta sexta-feira (30) operação contra organização criminosa que sonegou R$ 20 milhões em impostos na compra de pescado. Ao todo, foram cumpridas 135 ordens judiciais, sendo um mandado de prisão em Campo Grande. O nome do alvo não foi divulgado.

A investigação teve início há pouco mais de um ano e apontou que a organização vinha, reiteradamente, sonegando impostos e usando empresas de fachada para comercializar e distribuir pescado. Inclusive, foram criadas pessoas fictícias, com procurações concedidas aos responsáveis pelo esquema de compra de mercadorias nas regiões Sul e Sudeste do país.

Em seguida, esses produtos eram revendidos pela beneficiária do esquema criminoso nas cidades de Várzea Grande e Cuiabá, ambas cidades mato-grossenses, para dar aparência de legalidade à fraude.

Ao todo, foram 15 prisões, 24 mandados de buscas e apreensão, bloqueio de contas bancárias, sequestro de bens móveis e imóveis e mais 15 medidas cautelares diversas em Cuiabá, Várzea Grande, Poconé, Curvelândia e na capital sul-mato-grossense.

De acordo com a Secretaria de Fazenda de Mato Grosso, o grupo movimentou R$ 120 milhões em mercadorias e deixou de recolher R$ 20 milhões em impostos. Além disso, a inscrição na dívida ativa totaliza R$ 15.613.039,60 em débitos, o que resultou no bloqueio de contas e sequestro de bens.

A investigação apontou ainda que o grupo era dividido em três núcleos: o administrativo e financeiro; o segundo, contábil; e o terceiro, composto por laranjas, ou seja, os donos das empresas de fachada. Eles também contavam com a facilidade de confeccionar procurações em cartório e tentavam cooptar funcionários para dar continuidade ao esquema.

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