Hacker campo-grandense passa a ser procurado pela Interpol
Dupla agiu para fraudar documentos públicos do judiciário federal paulista com fim de obter vantagens pessoais
Réu por ser um dos envolvidos em tentativa de golpe à Justiça Federal de São Paulo, hacker campo-grandense Selmo Machado da Silva, 46 anos, passou a ser procurado pela Interpol, conforme decisão do juiz federal, Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
Ele foi incluído na chamada Difusão Vermelha “a fim de que seja dada ciência às autoridades dos 194 países membros da INTERPOL do mandado de prisão expedido por esta Vara, tornando-o PROCURADO INTERNACIONALMENTE para fins de extradição”.
Junto com Diego Guilherme Rodrigues, de 38, que está preso no Centro de Triagem Anísio Lima, em Campo Grande, Selmo agiu para fraudar documentos públicos do Judiciário federal paulista, com fim de obter vantagens pessoais. Em duas ações, eles mudaram decisões judiciais na tentativa de que pagamento indenizatório de terceiros fosse feito na conta bancária de Guilherme.
Em um delas, o valor era de R$ 225.914,26 e em outra, R$ 648.575,43, totalizando R$ 874.489,69, que não foram repassados à dupla porque servidores das Varas Federais alvo dos golpes identificaram a alteração documental a tempo.
O despacho que mandado de prisão a preso foragido e que passa a ser procurado pela Interpol é de 7 de outubro. Na última sexta-feira, advogado de Selmo participou de audiência de instrução, mas não apresentou o réu, nem testemunhas de defesa.
A reportagem entrou em contato com o advogado de Selmo, Matheus Pelzl Ferreira, mas a ligação não foi atendida.