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Cidades

Justiça Federal condena a 17 anos de prisão traficante aliado a Jarvis Pavão

Os dois foram investigados na Operação Suçuarana, em 2014, que descobriu esquema de tráfico internacional entre RS e MS

Silvia Frias | 30/05/2019 18:28
Em julho de 2018, por conta dessa operação, Jarvis Pavão foi condenado a 13 anos e 6 meses de prisão (Foto/Arquivo: ABC Color)
Em julho de 2018, por conta dessa operação, Jarvis Pavão foi condenado a 13 anos e 6 meses de prisão (Foto/Arquivo: ABC Color)

O traficante Pedro Paulo Lopes, que mantinha rede de tráfico internacional de drogas e agia entre os estados do Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, foi condenado a 17 anos, seis meses e 17 dias por lavagem de dinheiro.

Lopes foi um dos investigados da Operação Suçuarana, em 2014, na investigação de tráfico de drogas entre os estados. Naquele período, segundo investigação, Pedro Paulo Lopes, conhecido como Chico tinha como fornecedores Jarvis Chimenes Pavão e outro traficante identificado como Comandante/Moikano.

Em julho de 2018, por conta dessa operação, Jarvis Pavão foi condenado a 13 anos e 6 meses de reclusão em denúncia feita pelo MPF (Ministério Público Federal) no Rio Grande do Sul em 2014. Ele estava detido no Paraguai e foi extraditado ao Brasil em 2017.

Conforme denúncia do MPF (Ministério Público Federal), sob responsabilidade da 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, Lopes comandou organização criminosa de julho de 2013 a maio de 2014, utilizando laranjas para ocultar a titularidade da empresa Transfuturama Transporte Rodoviário de Cargas, em Dourados, que seria de fachada para o transporte de drogas.

“PEDRO PAULO se ocuparia de coordenar a preparação dos mocós, artifícios para a ocultação eficiente da droga nos veículos, com a utilização usual de mantas de chumbo, de maneira a dificultar o funcionamento do escâner policial. Entre suas funções, PEDRO PAULO coordenava os motoristas dedicados ao transporte, comunicando-se com eles, sendo que ainda era o responsável por um laboratório de beneficiamento de cocaína”.

Na denúncia, o MPF listou 37 episódios de lavagem de dinheiro, envolvendo negociações cambiais, movimentações bancárias e ocultação de bens móveis e imóveis.

Entre os fatos descritos na denúncia houve menção, conforme apontado no relatório final da investigação policial, que Pedro Paulo fez grande cotação de dólar com o doleiro Rato para pagar US$ 130.000,00 a Comandante, um dos seus fornecedores.

A defesa de Pedro Paulo Lopes confirmou que era proprietário da Transfuturama e negou que o uso da empresa para tráfico. A alegação para o desconhecimento do crime era que estava foragido em 2011, por conta de condenação de 28 anos de prisão por homicídio em Fernandópolis (SP) e não teria responsabilidade do que ocorreria.

A justiça considerou inverossível a versão, "absolutamente indigna de credibilidade”.

Dos 37 episódios de lavagem de dinheiro, a justiça absolveu Pedro Paulo Lopes de oito. Porém, considerou que havia provas do crime de lavagem em relação aos outros citados, chegando à sentença.

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