Ataque de pistoleiros mata integrante da quadrilha de Pavão e deixa 2 feridos
Vítima do crime seria integrante do clã do narcotraficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão
Mais um ataque na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai terminou com a morte de Héctor Gustavo Fariña Argaña, de 25 anos, integrante do clã do narcotraficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão, na madrugada deste sábado (2). Outras duas pessoas ficaram feridas durante o crime.
O ataque aconteceu na primeira hora do dia em uma casa do bairro Santo Antônio, em Pedro Juan Caballero, cidade que faz divisa com Ponta Porã –a 323 quilômetros de Campo Grande. A vítima estava em frente ao endereço com o amigo, Abel Ortega Roman, de 52 anos, e o segurança Milciadez Gabriel Recalde, de 36, quando os pistoleiros chegaram em duas motocicletas.
Segundo testemunhas, ao perceber o ataque, Milciadez reagiu e também atirou contra os suspeitos, mas acabou baleado. Os tiros mataram Héctor no local, feriram Abel Ortega no braço e na perna e o segurança no peito. Os dois foram socorridos por voluntário do Corpo de Bombeiros para o Hospital Regional da cidade.
Conforme o site Porã News, o segurança está internado em estado grave. No local do crime, investigadores da Divisão de Homicídios e da polícia técnica encontraram 18 cápsulas de pistola 9 milímetros.
Héctor Gustavo seria integrantes do clã de Jarvis Gimenes Pavão. Ele foi um dos 11 presos pela Polícia Federal no dia 7 de dezembro do ano passado com arsenal, celulares, carros e dinheiro, na casa do ex-vereador de Ponta Porã e tio do narcotraficante, Chico Gimenez –executado dentro de casa no dia 17 deste mês.
Com o grupo foram apreendidos seis pistolas, um revólver, 400 munições, 27 celulares, oito carros, sendo quatro blindados, e 54.700 dólares em dinheiro. Na época, policiais da fronteira afirmaram que com o tio de Pavão e outras oito pessoas, Héctor preparava um ataque ao traficante brasileiro Sérgio Arruda Quintiliano Neto, o “Minotauro”.
Liberado – Após o flagrante, Héctor ficou preso na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) por 12 dias, mas conseguiu um habeas corpus e foi liberado no dia 19 de dezembro.
Além dele e do ex-vereador Chico Gimenez, foram presos o sobrinho de Pavão, identificado como Jonathan Gimenez Grance, Carlito Gonçalves Miranda, Marcelo Jarcem de Oliveira, Eudes Antonio Goncalves Araújo, Ronny Ayala Benitez e Cícero Novais da Silva, além dos paraguaios Alan Baez Gonzalez, Riky Javier Baez Gonzalez e Rosalino Baez.
Um das principais linhas de investigação é que o crime tenha sido encomendado por “Minotauro”. Ex-membro do PCC (Primeiro Comando da Capital), com quem ainda mantém aliança, Sergio Quintiliano Neto teria ordenado a morte de todos os aliados e parentes de Pavão para aniquilar a estrutura do rival e controlar sozinho o crime na fronteira.