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Cidades

Mais transmissível, nova cepa pode causar surto de covid

Subvariante BQ.1 está em circulação em diferentes locais do país, mas ainda não foi notificada em MS

Jhefferson Gamarra | 09/11/2022 13:44
Alertas para prevenção da covid-19 no Aeroporto da Capital (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Alertas para prevenção da covid-19 no Aeroporto da Capital (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Mesmo sem casos confirmados em Mato Grosso do Sul, a entrada da subvariante Ômicron BQ.1 no Brasil acende um alerta na população devido ao seu alto potencial para causar uma nova onda de casos de covid-19, a exemplo do que vem acontecendo em países da Europa, China e Estados Unidos.

“É bem possível que aconteça uma nova onda de casos, até porque vários outros países estão com altas nos índices da covid-19. Ela é mais transmissível, mas ainda não há estudos que definam o poder de letalidade”, explica a médica infectologista Priscila Alexandrino.

A OMS (Organização Mundial da Saúde), que realiza o monitoramento das diferentes linhagens, aponta que a nova cepa já foi detectada em 65 países. No Brasil, pelo menos cinco estados registraram casos da subvariante: São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Amazonas.

Até o momento, apenas uma morte causada pela subvariante BQ.1 da ômicron foi confirmada no Brasil. Trata-se de uma mulher de 72 anos, moradora de São Paulo, que sofria de diversas comorbidades e fazia parte do grupo de risco para a doença. A idosa também enfrentava problemas cardíacos e úlceras infectadas. Ela ficou internada de 10 a 17 de outubro e a confirmação da morte pela nova cepa foi confirmada ontem (8).

A infectologista alerta ainda que as campanhas de vacinação devem ser intensificadas para garantir que mais pessoas recebam as três doses dos imunizantes e os mais vulneráveis, a quarta dose, a fim de evitar uma escalada de casos graves. “O ideal é que a pessoa tenha tomado a dose de reforço nos últimos quatro meses para que ela esteja mais protegida contra as variantes”, pontua a especialista.

Em Campo Grande a 4ª dose do imunizante está disponível para pessoas com 35 anos ou mais, trabalhadores da saúde e imonucomprometidos acima dos 18 anos, mas de acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), apenas 15% do público-alvo foi vacinado. No Estado até o momento 285 mil sul-mato-grossenses tomaram o reforço.

Ainda de acordo com o Boletim Epidemiológico, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), a linhagem do vírus BQ.1 não foi registrado no Estado. Conforme a pasta, os números de pessoas infectadas pelo vírus da covid-19 seguem estáveis. De 1º até 8 de novembro, foram registrados apenas 127 novos casos.

Apesar do alto poder de transmissibilidade da nova cepa, os sintomas são os mesmos já conhecidos do coronavírus, como dor de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar. Os cuidados com a prevenção também são os mesmos conhecidos que ajudam a prevenir o vírus da covid-19 e influenza.

“Além do esquema vacinal completo, a higienização das mãos com água, sabão e álcool em gel, uso de máscaras em locais fechados e evitar aglomerações continuam sendo medidas de prevenção”, lembra a médica.

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