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Cidades

Montador de móveis perseguido por ser “magrelo” será indenizado em R$ 5 mil

Chefe era mais rígido com funcionário, que virou chacota por ser muit magro

Anahi Zurutuza | 05/10/2021 19:25
Fachada do Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília (DF) (Foto: Conselho Nacional de Justiça/Divulgação)
Fachada do Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília (DF) (Foto: Conselho Nacional de Justiça/Divulgação)

Um montador de móveis contratado por loja das Casas Bahia em Dourados – a 228 km de Campo Grande – será indenizado em R$ 5 mil por ter sido apelidado pelo chefe de “magrelo”. De acordo com a reclamação trabalhista, o funcionário era “perseguido” pelo superior, cobrado de forma agressiva e chamado de pelo apelido o tempo todo.

No processo, a vítima relata que foi contratada em 2001 e que o chefe a tornou alvo de chacota por ser muito magro, dizendo frases como: “e aí, magrelo? Tá fraco, não vai dar conta do recado”.

Uma testemunha, ouvida no processo, confirmou a versão do funcionário, dizendo que o superior “sempre foi mais rígido” com o montador e que, “para fazer pressão” no empregado, dizia: “magrelo, não comeu hoje? está fraco?”.

A indenização será paga pela Via Varejo S.A., que reúne as redes Casas Bahia e Ponto Frio, conforme apurado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Em decisão unânime, a 3ª Turma do TST (Tribunal Superior DO Trabalho) entendeu que houve desrespeito a princípios como o da inviolabilidade psíquica do empregado.

O relator, ministro Mauricio Godinho Delgado, pontuou que, “em caso de agressões morais repetidas e generalizadas no ambiente de trabalho, o empregador é responsável pela indenização correspondente”.

Ao Estadão, por meio de nota, a Via Varejo informou que “repudia qualquer ato que viole seu Código de Conduta Ética, documento que visa garantir um ambiente de trabalho harmonioso e livre de qualquer situação desrespeitosa”, mas que não comenta processos judiciais.

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