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Cidades

MS está entre os 12 estados com mais denúncias de LGBTfobia

Plataforma do governo reúne dados sobre denúncias de violações de diretos humanos que chegam pelo telefone

Por Clara Farias | 26/10/2024 14:56
Parada LGBTQIAP+ em Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Parada LGBTQIAP+ em Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Mato Grosso do Sul está em 12° no ranking de estados com mais denúncias de LGBTfobia no Disque 100. A plataforma do MDHC (Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania) reúne dados sobre denúncias de violações de diretos humanos que chegam pelo telefone. Em todo o país, foram 6.242 casos registrados.

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O Mato Grosso do Sul ocupa o 12º lugar no ranking de estados com mais denúncias de LGBTfobia, com 126 casos registrados até outubro de 2024, conforme dados do Disque 100 do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. A maioria das vítimas são homens gays, seguidos por mulheres lésbicas e pessoas trans. Em todo o Brasil, foram contabilizados 6.242 casos, com São Paulo liderando as denúncias. O aumento das denúncias é atribuído à maior consciência dos direitos entre homens gays, enquanto mulheres trans e travestis frequentemente não se sentem representadas como cidadãs com direitos a reivindicar.

Conforme o painel, até 20 de outubro deste ano, foram registrados 126 denúncias de violências cometidas contra pessoas LGBTs no estado. Na maioria dos casos registrados [93] a vítima é homem e gay. Outros 13 casos foram contra mulheres lésbicas; 7 contra pessoas transsexuais; 6 bissexuais; 4 pessoas transgêneros e 3 foram classificados como "outro".

Os dados também mostram que ocorreram 1.683 violações contra as pessoas LGBTQIA+ em Mato Grosso do Sul. São consideradas como violações qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima, como por exemplo maus tratos, exploração sexual e outros. A maioria dos casos de violações também foi registrada por homens gays [1.217]; seguido por mulheres lésbicas [223]; pessoa transexual [94]; pessoa transgênero [41]; e "outro" [26].

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O estado que lidera o número de denúncias no Disque 100, em 2024, é São Paulo, com 1.685 casos registrados, seguido pelo Rio de Janeiro, com 849, e Minas Gerais com 527.

Há dois anos atrás, conforme o painel ObservaDH do MDHC, foram registrados 413 casos de violência e violações contra pessoas LGBTQIA+ em Mato Grosso do Sul. A maioria dos casos foram de violência física [166] e violência psicológica [38]. Essa plataforma reúne dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), RMA (Sistema de Registro Mensal de Atendimentos), Anuário Brasileiro de Segurança Pública e outros painéis.

Em entrevista à Agência Brasil, a professora de direito da UFF (Universidade Federal Fluminense), Carla Appollinário, explica que o número de denúncias feitas, em maioria, por homens gays ocorre porque são pessoas compreendidas como sujeitos de direitos.

"A maioria das vítimas de violência no Brasil, de acordo com outros relatórios, são mulheres trans e travestis, mas, normalmente, essas pessoas não se veem no lugar de cidadãs que podem reivindicar os seus direitos, porque já estão habituadas a uma vida de exclusão e opressão”, disse Carla.

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