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Cidades

MS orienta sete dias de isolamento para quem desembarcar do exterior

A secretaria indica isolamento respiratório domiciliar de viajante que retornou de País com transmissão comunitária

Aline dos Santos | 14/03/2020 12:43
Saguão do Aeroporto Internacional de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Saguão do Aeroporto Internacional de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Apesar de mudança no cenário do novo coronavírus (Covid-19), que já registra transmissão comunitária no Brasil, ou seja, sem a pessoa ter ido ao exterior, Mato Grosso do Sul orienta isolamento para passageiros vindo de países com transmissão sustentada (onde também não é possível rastrear a origem da infecção).

"Apesar das mudanças do boletim do Ministério da Saúde, o Estado entende prudente manter as restrições de isolamento para passageiros vindo de países com transmissão sustentada da doença ", informou a SES (Secretaria Estadual de Saúde) neste sábado (dia 14).

Portanto, a secretaria indica isolamento respiratório domiciliar de viajante que retornou de País com transmissão comunitária. São sete dias de isolamento caso a pessoa não tenha sintomas. Caso esteja sintomático, deve ser investigada a suspeita de coronavírus.

Conforme a SES, os portos, aeroportos e fronteiras são de competência de outros órgãos. Segundo a secretaria, as informações foram enviadas para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), PRF (Polícia Rodoviária Federal), Receita Federal e Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública).

Ainda não foi esclarecido como o viajante deve justificar a falta no trabalho durante o período de isolamento domiciliar. Mato Grosso do Sul não tem caso confirmado da doença.

Casos domésticos - Na tarde de sexta-feira (dia 13), o País teve os primeiros casos de transmissão comunitária de coronavírus. De acordo com o Ministério da Saúde, essa nova situação foi registrada nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Conforme a Agência Brasil, a transmissão comunitária ocorre quando as equipes de vigilância não conseguem mais mapear a cadeia de infecção, não sabendo quem foi o primeiro paciente responsável pela contaminação dos demais.

“Infecção comunitária significa que já há transmissão dentro do próprio local. Até então, os casos vinham por contaminação externa. Agora, as pessoas estão se contaminando sem precisarem ir para o exterior. A expectativa é de que os casos aumentem por conta da transmissão comunitária. É a ordem natural das coisas”, afirma o médico infectologista Rodrigo Nascimento Coelho, do HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian.

O médico explica que as formas de prevenção continuam as mesmas. “Evitar aglomeração de pessoas, higienizar sempre as mãos, cobrir o rosto com o cotovelo durante tosse e espirro e evitar contato interpessoal”, diz. (Matéria editada às 14h05 para acréscimo de informação)

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