ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
JANEIRO, QUINTA  30    CAMPO GRANDE 25º

Cidades

MS alcança uma das maiores taxas de crimes contra transexuais

Estado também desponta nas violações contra LGBTQIA+ nas relações trabalhistas e institucionais

Por Jéssica Fernandes | 29/01/2025 09:57
MS alcança uma das maiores taxas de crimes contra transexuais
Participantes da Parada da Cidadania e Orgulho de 2024, na Capital. (Foto: Juliano Almeida)

Mato Grosso do Sul carrega as maiores taxas de violações sofridas por pessoas trans, conforme o Índice de Monitoramento dos Direitos LGBTQIA+ no Brasil. O Instituto Matizes é responsável por conduzir a pesquisa divulgada na véspera do Dia da Visibilidade Trans, que é celebrado neste dia 29 de janeiro.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Mato Grosso do Sul lidera em violações contra pessoas trans, segundo o Índice de Monitoramento dos Direitos LGBTQIA+ no Brasil, conduzido pelo Instituto Matizes. O estado também enfrenta altos índices de violações trabalhistas e institucionais contra a comunidade LGBTQIA+. No eixo de "Insegurança e violências", Mato Grosso do Sul obteve a maior classificação, indicando altas taxas de violência. Apesar de iniciativas públicas para a comunidade, falta orçamento adequado. O estudo analisa políticas LGBTQIA+ em 26 estados, Distrito Federal e Governo Federal, destacando avanços e desafios, especialmente em segurança e criação de leis protetivas.

Nesse recorte, além do Estado, integram essa lista Rio Grande do Sul, Goiás, Acre, São Paulo, Rondônia e Roraima. Além de pessoas trans, o índice mostra que, de forma geral, a comunidade LGBTQIA+ que reside em Mato Grosso do Sul é uma das que mais têm violações relacionadas às relações trabalhistas e institucionais.

No eixo “Insegurança e violências”, Mato Grosso do Sul recebeu a classificação mais alta com pontuação de mais de 0,480 até 0,652. Conforme o indicador da pesquisa, quanto maior a classificação, maiores são as taxas de incidências de notificação de violência por milhão de habitantes.

MS alcança uma das maiores taxas de crimes contra transexuais
Eixo de inseguranças coloca MS no topo junto com outros estados. (Foto: Instituto Matizes)

O eixo de inseguranças e violências levou em consideração aspectos como violações LGBTfóbicas, mortes, agressões e inseguranças. Esses dados específicos foram obtidos pelo Instituto Matizes, do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e do Disque 100 do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, ambos são de 2023.

A primeira edição do Índice de Monitoramento dos Direitos LGBTQIA+ no Brasil traz outros eixos temáticos que englobam o estudo, como gestão, participação e transparência; políticas públicas e planejamentos orçamentários.

Em relação a iniciativas públicas ou plano estadual voltados para pessoas transexuais e as demais que se enquadram na comunidade, Mato Grosso do Sul recebeu a maior classificação, ficando com mais 0,542 até 0,826. Por outro lado, no planejamento orçamentário, a nota foi a mais baixa, com mais de 0 a 0, 210. Ou seja, enquanto existem iniciativas, falta verba para as mesmas.

Na parte de gestão, participação e transparência, Mato Grosso do Sul volta a ter uma nota alta, com mais de 0,660 até 0,940. Esse eixo analisa pontos, como conselhos ou mecanismos de participação sócio-estatal de caráter consultivo ou uma secretaria que atua com agenda LGBTQIA+. No índice geral de direitos LGBTQIA+, a nota foi média para Mato Grosso do Sul, que pontuou mais de 0,415 até 0,485.

De acordo com o Instituto Matizes, os resultados da análise realizada sobre o Brasil revelam avanços importantes, sobretudo no campo da estrutura administrativa e do planejamento orçamentário, embora também apontem desafios relevantes, especialmente no campo das inseguranças e violências e da criação de leis e políticas protetivas dos direitos LGBTQIA+.

Essa primeira edição apresentou informações sobre as políticas públicas LGBTQIA+ empenhadas pelos 26 estados brasileiros, pelo Distrito Federal e pelo Governo Federal. Foram construídos 43 indicadores distribuídos em 13 dimensões e organizados em 4 eixos que ajudam a auferir o comprometimento de estruturas estatais nos níveis estadual, distrital e federal.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias