MS terá 138 novos leitos de UTI para enfrentar pandemia de coronavírus
Do total, 81 serão em Campo Grande e os 57 restantes distribuídos por municípios do interior
Mato Grosso do Sul terá 138 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para enfrentar a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que pode provocar quadro grave de pneumonia, exigindo os ventiladores pulmonares (respiradores).
De acordo com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), atualmente são 515 leitos de UTI, somando as redes pública e particular. “Hoje, temos 515 leitos de UTI entre os públicos e privados. Vamos acrescentar os novos 138 leitos, o que vai perfazer 653 leitos. Afora isso, há iniciativa de outros municípios para colocar leitos de UTI ou semi-intensivos, cujo custeio deverá ser bancado pelo Estado”, afirma o secretário Geraldo Resende.
Dos 138 novos leitos de UTI, 81 serão em Campo Grande e os 57 restantes em municípios do interior.
Segundo Resende, Mato Grosso do Sul tem, geralmente, uma grande taxa de ocupação de leitos de UTI. “Daí a ampliação das estruturas também em outras cidades, como Paranaíba, Ponta Porã e Costa Rica, bem como com a contratação de leitos ofertados pela iniciativa privada”, afirma o secretário estadual de Saúde.
A rede de atendimento também terá reforço de 281 leitos clínicos (sendo 239 na Capital e 42 em outras regiões do Estado) e de 48 leitos semi-intensivos no HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian, em Campo Grande.
O governo do Estado vai custear 50% dos valores a serem gastos com os novos leitos em Campo Grande durante a vigência da epidemia, que tem previsão de durar de quatro a seis meses. Já todos os recursos para a estrutura do Hospital Regional são do Estado.
O auge da epidemia em Mato Grosso do Sul deve acontecer entre o final do mês de abril e a primeira quinzena de maio.
Leitos em Campo Grande – Segundo o secretário de Saúde de Campo Grande, José Mauro, no mês de fevereiro foram atendidos cerca de 700 pacientes de trauma na Capital. Em março, o número caiu para média de 100 pessoas.
“Hoje, temos vários hospitais privados com taxa de ocupação pequena. Isso fez com que conseguíssemos habilitar vários leitos sem a necessidade de construir hospitais de campanha. Estamos incrementando 139 leitos dentro dos hospitais existentes, com toda a estrutura necessária, numa situação muito mais cômoda para o paciente e para o profissional”, afirma José Mauro em entrevista ao portal de notícias do governo.
Em Campo Grande, sete hospitais firmaram convênio com o poder público para utilização de leitos: Santa Casa, Hospital do Câncer, Hospital Regional, Hospital do Pênfigo, Clínica Campo Grande, El Kadri e Proncor.
“Saímos de uma situação em que tínhamos, na Capital, 891 leitos e passamos para 1.130 leitos clínicos; passamos de 116 leitos de UTI para 197, e mais 48 leitos de semi-intensivo que podem ser modificados para UTI. Mas isso não para aqui. Estamos diariamente avaliando estratégias que serão implementadas, assim que houver demanda, como é o caso do centro de triagem respiratória no Ayrton Senna”, diz José Mauro.