ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 22º

Cidades

No Dia Nacional do Doador de Órgãos, saiba como ser um

Salvar várias vidas e manter ente querido "vivo", de certa forma, são bons motivos para a doação

Por Cassia Modena | 27/09/2023 14:09
Equipe de transplante trabalha em hospital de Mato Grosso do Sul (Foto: Bruno Rezende/Governo de MS)
Equipe de transplante trabalha em hospital de Mato Grosso do Sul (Foto: Bruno Rezende/Governo de MS)

Nem documento impresso e assinado, nem carta manuscrita. Tatuar no próprio corpo é legal, mas também não garante. A única coisa que efetivamente conta para ser um doador de órgãos e tecidos é o "sim" da família.

A doação de órgãos só é opção quando devidamente comprovada a morte encefálica do doador, ou seja, se o cérebro dele não tiver mais atividade elétrica. Após isso, é que a equipe da instituição de saúde credenciada para captação pedirá autorização expressa de membros da família para realizar o procedimento.

Esta terça-feira (27), o Dia Nacional do Doador de Órgãos, é uma data oportuna para declarar em vida o desejo de doar. Essa conversa pode ser tida com os pais, irmãos, tios e primos, por exemplo.

Por mais que a morte seja um tabu entre muitos núcleos familiares, a dica é tentar encará-la com naturalidade e apresentar motivos que justifiquem a intenção de fazer o gesto humanitário.

Arte: Lennon Almeida
Arte: Lennon Almeida

Motivos para doar

  • O transplante de órgãos é o último recurso, a última chance para salvar uma vida;
  • Um único doador pode doar mais de um órgão e mais de um tecido, ajudando inúmeras pessoas;
  • Ninguém pode pagar ou receber pela doação de órgãos, o gesto é totalmente voluntário;
  • Há pessoas aguardando há anos na fila para receber órgãos e, enquanto isso, sofrendo com o agravamento de doenças e perda de qualidade de vida;
  • O Sistema Nacional de Transplante do SUS (Sistema Único de Saúde) é o maior programa público no segmento do mundo;
  • Com sensibilidade e rigor quanto às informações prestadas, equipes especializadas conduzem entrevistas às famílias após a morte encefálica de possível doador;
  • A doação é anônima: o nome do doador e de pessoas de sua família são preservados por lei;
  • Saber que um ente querido continua "vivo" em outra pessoa, por meio de um coração que segue batendo em outro peito, por exemplo, pode ser motivo de alegria.

Em MS - A Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul foi autorizada a integrar o Sistema Nacional de Transplante em 1999. Desde a criação até agosto deste ano, o Estado realizou 4.432 desses procedimentos, sendo alguns de córnea, rim, tecido músculo esquelético, medula óssea autogênico e coração.

Até o final do mês passado, havia 141 pessoas aguardando para receber córneas; 160 por rins; e três pessoas por coração. Eram o tecido e os órgãos com maior demanda até então.

No Brasil - Entre janeiro e junho deste ano, o Brasil registrou mais de 1,9 mil doadores efetivos de órgãos, que possibilitaram a realização de mais de 4,3 mil transplantes.

É um número recorde de doações se comparados às feitas no mesmo período dos últimos dez anos, segundo divulgou o Ministério da Saúde. O quantitativo representa aumento de 16% no número absoluto de transplantes de órgãos, quando comparado com o mesmo período de 2022.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias