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Cidades

Depois do novo RG, em 2025 certidões mudam no País e terão sistema antifraude

Novo modelo passa a ser obrigatório em janeiro; documentos emitidos antes seguem válidos

Por Gustavo Bonotto | 01/10/2024 22:30
Documento que oficializa o nascimento de uma criança será repaginado a partir de 2025, de acordo com o CNJ. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Documento que oficializa o nascimento de uma criança será repaginado a partir de 2025, de acordo com o CNJ. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

CNJ (Conselho Nacional de Justiça) apresentou provimento, na tarde desta terça-feira (1º), que determina a obrigatoriedade da emissão de novos modelos de certidões de nascimento, casamento e óbito. Além da inclusão de novos campos, a confecção dos documentos passará a ter sistema antifraudes, como uso de papel especial a partir de 1º de janeiro de 2025.

Conforme o texto de nº 182/2024, os novos modelos passarão a ter dois campos bem definidos: um para o local do nascimento e outro para seu domicílio. Isso corrige uma situação que afeta ao menos um terço dos municípios brasileiros que não contam com maternidade. Grávidas, por exemplo, são levadas para dar à luz em outra cidade, em muitos casos, a criança acaba sendo registrada como nascida na cidade do hospital e não naquela em que reside de fato.

No caso da certidão de casamento, a principal mudança foi uma distinção entre a data da celebração e a data do registro, o que não vinha sendo contemplado. As certidões passaram a incluir a possibilidade de conversão de união estável em casamento, refletindo as mudanças no reconhecimento de diferentes formas de união conjugal.

Já as certidões de óbito não previam a data do falecimento, apenas a data em que foi registrado. Agora, o documento passa a conter a data da morte e a data do registro em campos distintos, ajudando a esclarecer eventuais consequências jurídicas da morte.

A iniciativa para a mudança surgiu de um pedido de um registrador civil de Minas Gerais e foi amplamente discutida com a Arpen (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil), levando a corregedoria nacional a determinar novas regras.

“A inclusão de alguns campos trará mais clareza e facilitará tanto para os cartórios quanto para as pessoas que precisam utilizar esses documentos”, finalizou.

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