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Cidades

Obra de rodovia que liga MS ao Pacífico terá 1° trecho concluído até setembro

Empresas trabalham em duas frentes na pavimentação da rodovia entre Carmelo Peralta e Marechal Estigarribia

Leonardo Rocha | 23/07/2019 09:05
Obra de pavimentação da rodovia no Paraguai (Chico Ribeiro - Governo MS)
Obra de pavimentação da rodovia no Paraguai (Chico Ribeiro - Governo MS)

A pavimentação da rodovia entre Carmelo Peralta e Marechal Estigarribia, vai consolidar o projeto da rota bioceânica por meio do Paraguai, seguindo pelos países da América do Sul até chegar ao Oceano Pacífico. Ela será importante para exportações e economia de Mato Grosso do Sul. A previsão é entrega da obra em 2022.

A rodovia que passa pela região do Cacho, chamada de “Pantanal Paraguaio”, tem um trecho de 497 km até chegar a Marechal Estigarribia, chegando à fronteira com a Argentina. Ela é estratégica porque é um caminho que ainda não tem asfalto, sendo importante para seguir o roteiro até chegar aos mercados asiáticos, que mais compram produtos do Brasil e da América do Sul.

De acordo com o governo, depois que chega a Argentina, existe rodovias bem pavimentadas até a os portos de Iquiqui e Antofagasta, no Chile, que se seguir desde Campo Grande, tem uma distância de 1.900 km.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) está confiante no projeto, tanto que recebeu o compromisso do presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez, que todo o conjunto de obras no país vizinho, que faz parte do corredor (bioceânico) vai estar pronto até 2023. Além da rodovia, existe a ponte sobre o Rio Paraguai, que liga Porto Murtinho a Carmelo Peralta.

Obra de pavimentação terá 497 km (Foto: Chico Ribeiro - Governo MS)
Obra de pavimentação terá 497 km (Foto: Chico Ribeiro - Governo MS)

Produtos - Reinaldo ponderou que além de Mato Grosso do Sul, todo o Brasil e os países da América do Sul vão ser beneficiados com esta rota, já que irão encurtar o caminho ao Pacífico, tornando seus produtos mais competitivos para exportação, e ainda mencionou que até para importar itens de fora, ficará mais barato.

Também fez questão de frisar que haverá melhorias ao turismo, área cultural e geração de emprego, porque vai desenvolver toda região de fronteira, entre Brasil e Paraguai. Segundo o governo, o desafio para pavimentar a rodovia paraguaia lembra os desafios encontrados no Estado, para implantar 220 km da BR-262, cortando o Pantanal de Miranda a Corumbá, ainda na década de 80.

Obra - O engenheiro Paulo Soares, da empresa da Queiróz Galvão, revelou que a primeiro fase (rodovia) de 227 km está sendo pavimentada em duas frentes, com previsão de ser entregue o primeiro lote (24 km) em setembro. A expectativa é manter esta média a cada três meses.

Ele mencionou que a equipe transporta pedras de uma distância de 400 km. “O material existente é muito úmido e de baixa qualidade, que está sendo melhorado com uma composição com cal e cimento”, explicou. Só na primeira etapa do projeto se tem previsão de gasto de U$ 420 milhões.

No momento o serviço está sendo feito na região do “Chaco” que conta com o maior fluxo de água, tendo a disposição das empresas 400 equipamentos e 600 operários. Já na segunda fase, que será de 220 km, a licitação será feita ainda neste ano pelo governo paraguaio.

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