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Cidades

Omertà saiu para prender 16 envolvidos com milícia, incluindo Fahd Jamil

Filho do poderoso empresário da fronteira, Flavio Correia Jamil Georges, o “Flavinho”, já está preso; Jerson Domingos também

Anahi Zurutuza e Helio de Freitas, de Dourados | 18/06/2020 11:35
Foto do fim de 2017 mostra Jamil Name, o filho Jamilzinho e o Fahd Jamil, em festa de Réveillon (Foto: Arquivo de família/Direto das Ruas)
Foto do fim de 2017 mostra Jamil Name, o filho Jamilzinho e o Fahd Jamil, em festa de Réveillon (Foto: Arquivo de família/Direto das Ruas)

Para a fase 3 da Operação Omertà foram expedidos ao menos 16 mandados de prisão preventiva, que garante que o alvo fique na cadeia por tempo indeterminado. Um deles  é contra Fahd Jamil Georges, o “Fuad”, poderoso empresário da fronteira.

Um dos filhos dele, Flávio Correia Jamil Georges, o “Flavinho”, já está preso. O Campo Grande News apurou que Fuad ainda não foi localizado.

Também estão na lista novos mandados contra Jamil Name, de 80 anos, e o filho, Jamilzinho, de 42 anos, os principais alvos da Omertà desde que a força-tarefa foi deflagrada, em setembro do ano passado. Eles já estão reclusos, no Presídio Federal de Mossoró (RN).

O conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul), Jerson Domingos, foi preso por volta das 10h, em uma das fazendas dele, em Rio Negro – a 144 km de Campo Grande. Ele é cunhado de Jamil Name.

Já a sobrinha dos Name, Cinthya Name Belli, foi levada para a sede do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) nesta manhã.

Estão presos ainda um investigador da Polícia Civil, Célio Rodrigues Monteiro, lotado na DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), e o ex-titular da delegacia, delegado Márcio Shiro Obara, atualmente lotado na 2ª DP.

Rogério Luiz Phelippe, sargento da PM (Polícia Militar) que trabalha como motorista do deputado Jamilson Name (sem partido) é outro preso. Apresentados como funcionários de empresa de capitalização, Benevides Cândido Pereira e Lucimar Calixto Ribeiro, conhecido como Mazinho, também estão no Garras. Segundo as investigações, ambos trabalham na empresa, apesar da defesa garantir que eles saíram há, pelo menos, 3 meses.

O Campo Grande News teve acesso aos nomes e ainda estão na lista: Everaldo Monteiro de Assis (policial federal que já está preso); Frederico Maldonado de Arruda; Lucas Silva Costa; Marco Monteoliva; e Melaciades Aldana.

Viatura da Garras em frente à casa do empresário Fahd Jamil, em Ponta Porã (Foto: Direto das Ruas)
Viatura da Garras em frente à casa do empresário Fahd Jamil, em Ponta Porã (Foto: Direto das Ruas)

Omertà - A força-tarefa coordenada pelo Garras e Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) investiga organização criminosa atuante na prática dos crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva. Nome da operação, Omertà é um código de honra da máfia italiana, que exige voto de silêncio.

Tudo começou com a prisão do então guarda municipal, Marcelo Rios, com um arsenal em maio de 2019, na Rua José Luiz Pereira, no Jardim Monte Líbano. A suspeita era que o armamento de grosso calibre havia sido usado em pelo menos três execuções na Capital. Rios também está preso acusado de integrar a milícia.

Apontados pela investigação como chefes do que a investigação classifica como grupo de extermínio, Name e Jamilzinho foram presos numa sexta-feira, 27 de setembro, e desde então não saíram da prisão.

Para aquele dia, ao todo, foram expedidos 23 ordens de prisões: sendo 13 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de prisão temporária em Campo Grande. A força-tarefa ainda tinha 21 mandados de busca e apreensão para cumprir.

Na segunda fase, no dia 17 de março deste ano, a força-tarefa cumpriu 18 mandados em Campo Grande, Aquidauana, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso e em João Pessoa (PB).

Matéria alterada às 12h17 para correção de informação.

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