Passeata em Campo Grande alerta para os perigos da violência obstétrica
Milhares de participantes se unem em ações de conscientização em países da América do Sul
Neste sábado (26), Campo Grande se uniu a mobilização em diversos países em prol do combate à violência obstétrica e promoveu passeata no Jardim Tarumã, com dezenas de participantes, a partir das 16h. Segundo a organização, mais de 300 participantes eram esperados, para percorrer ruas da região em gesto de conscientização.
A iniciativa faz parte do projeto "Quebrando o Silêncio", promovido pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em oito países da América do Sul.
Enquanto a gestação, o parto e o pós-parto são momentos de felicidade para muitas mulheres, para outras essas fases podem se tornar fontes de sofrimento. O cenário de uma gravidez indesejada, em um relacionamento abusivo e sem apoio, pode ter repercussões de longo prazo tanto para a mãe quanto para o bebê.
Outra realidade preocupante é a violência obstétrica, que afeta muitas mulheres. Esse termo engloba abusos cometidos por profissionais de saúde durante o atendimento a gestantes e parturientes.
Essa forma de violência, que pode incluir violência física, psicológica, sexual ou procedimentos desnecessários sem consentimento, atenta contra a autonomia da paciente e pode causar sofrimento evitável e consequências psicológicas graves.
O projeto "Quebrando o Silêncio" é uma ação anual da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com o intuito de combater e prevenir diversos tipos de abuso e vício. Este ano, a violência obstétrica é o tema central, buscando lançar luz sobre essa questão crucial e disseminar conhecimento para prevenção e enfrentamento.
No dia 26 de agosto, essa campanha se desdobrou em ações na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. Diversas atividades, como feiras e palestras, foram organizadas em igrejas, escolas e auditórios, sendo abertas para toda a comunidade.
O foco é fornecer informações sobre violência obstétrica, planejamento familiar, saúde emocional durante a gravidez e maternidade, autocuidado, autoestima, importância da rede de apoio e compartilhamento de responsabilidades entre os pais no cuidado do bebê.