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Cidades

Passeata em Campo Grande alerta para os perigos da violência obstétrica

Milhares de participantes se unem em ações de conscientização em países da América do Sul

Guilherme Correia | 26/08/2023 21:10
Participantes da passeata carregam um dos cartazes de conscientização (Foto: Divulgação)
Participantes da passeata carregam um dos cartazes de conscientização (Foto: Divulgação)

Neste sábado (26), Campo Grande se uniu a mobilização em diversos países em prol do combate à violência obstétrica e promoveu passeata no Jardim Tarumã, com dezenas de participantes, a partir das 16h. Segundo a organização, mais de 300 participantes eram esperados, para percorrer ruas da região em gesto de conscientização.

A iniciativa faz parte do projeto "Quebrando o Silêncio", promovido pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em oito países da América do Sul.

Enquanto a gestação, o parto e o pós-parto são momentos de felicidade para muitas mulheres, para outras essas fases podem se tornar fontes de sofrimento. O cenário de uma gravidez indesejada, em um relacionamento abusivo e sem apoio, pode ter repercussões de longo prazo tanto para a mãe quanto para o bebê.

Outra realidade preocupante é a violência obstétrica, que afeta muitas mulheres. Esse termo engloba abusos cometidos por profissionais de saúde durante o atendimento a gestantes e parturientes.

Essa forma de violência, que pode incluir violência física, psicológica, sexual ou procedimentos desnecessários sem consentimento, atenta contra a autonomia da paciente e pode causar sofrimento evitável e consequências psicológicas graves.

O projeto "Quebrando o Silêncio" é uma ação anual da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com o intuito de combater e prevenir diversos tipos de abuso e vício. Este ano, a violência obstétrica é o tema central, buscando lançar luz sobre essa questão crucial e disseminar conhecimento para prevenção e enfrentamento.

No dia 26 de agosto, essa campanha se desdobrou em ações na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. Diversas atividades, como feiras e palestras, foram organizadas em igrejas, escolas e auditórios, sendo abertas para toda a comunidade.

O foco é fornecer informações sobre violência obstétrica, planejamento familiar, saúde emocional durante a gravidez e maternidade, autocuidado, autoestima, importância da rede de apoio e compartilhamento de responsabilidades entre os pais no cuidado do bebê.

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