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Cidades

PF do RJ prende 4 traficantes de animais com gato raro de se ver até no Pantanal

Avistamentos de espécie em extinção, como o que aconteceu em Mato Grosso do Sul, em 2021, são raros

Por Anahi Zurutuza | 23/06/2024 11:55

Policiais federais do Rio de Janeiro prenderam, na manhã deste domingo (23), quatro homens que vendiam animais silvestres. No local do flagrante, em Laranjeiras, bairro da Zona Sul do Rio, foi encontrado um filhote de gato-mourisco, espécie ameaçada de extinção que vive no Pantanal e em outras regiões do Brasil.

De acordo com o Onçafari, ONG (Organização Não Governamental) que atua na conservação de felinos, especialmente na região pantaneira, “a espécie tem ampla distribuição pelas Américas, ocorrendo desde o México até a região central da Argentina, estando presente em praticamente todo o território brasileiro, porém em baixas densidades populacionais. Encontrados em uma grande variedade de habitats, incluindo florestas tropicais, cerrados, caatinga e áreas pantanosas, ocorrendo em todos os biomas brasileiros”.

Por existirem poucos, os avistamentos são raros, como o que aconteceu em Mato Grosso do Sul, em 2021, quando o fotógrafo Edir Alves compartilhou nas redes sociais clique inédito para ele, que já morava no Pantanal há 15 anos. “Um registro mais que especial”, descreveu em agosto daquele ano em entrevista ao Campo Grande News.

A cena flagrada na Fazenda San Francisco, em Miranda (MS), foi de um gato-mourisco fêmea com o filho observando a savana pantaneira de cima de um cupinzeiro. "Foi demais poder observar esta cena que, para mim, foi inédita em 15 anos de trabalho no Pantanal", contou o fotógrafo.

Tataruguinha na mão de policial federal (Foto: PF/Divulgação)
Tataruguinha na mão de policial federal (Foto: PF/Divulgação)

De acordo com a PF, os traficantes do Rio de Janeiro faziam anúncios em plataforma de comércio on-line e forneciam animais silvestres de maneira ilegal para diversos estados do país. A polícia não informou de onde os bichos foram tirados.

Os quatro responderão por associação criminosa, receptação qualificada, posse ilegal de animais silvestres e maus-tratos. Caso condenados, poderão ter aumento de pena, em razão de um dos animais ser ameaçado de extinção.

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