Polícia Federal mira quadrilha suspeita de matar ao menos 12 pessoas
Grupo do Paraná atua no tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro em Mato Grosso do Sul e mais 3 estados
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (6), a Operação Seletor, que tem como alvo organização criminosa que atua no tráfico de drogas e de armas, além de lavagem de dinheiro e ser suspeita de ter assassinado ao menos 12 rivais. O grupo é do Paraná, mas estava se estabelecendo também em Mato Grosso do Sul e mais três estados.
De acordo com as informações da PF, foram cumpridos hoje 14 mandados de prisão, sendo 2 em Mato Grosso do Sul - Dourados e Campo Grande, e 28 de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Santa Catarina e no Paraná. Ao todo, foram 150 policiais federais nas ruas.
Um dos alvos, inclusive, acabou morrendo em confronto com os agentes de segurança. Alex Guilherme Pereira dos Santos, 26 anos, foi baleado ao reagir quando os policiais foram até sua casa no Bairro XIV de Novembro, em Cascavel. Ele tinha várias passagens pela polícia e morreu no local.
Ainda segundo a Polícia Federal, as investigações começaram a aproximadamente sete meses e apontaram que a quadrilha era responsável pela prática reiterada de crimes graves. Ao menos 12 pessoas foram mortas pelos seus integrantes. O propósito era se expandir para os estados onde os mandados foram cumpridos hoje.
O grupo criminoso costumava introduzir em território nacional maconha e armas de fogo vindas do Paraguai e cocaína do Peru. “Eles eliminavam todos aqueles que, de qualquer maneira, atentassem contra seus interesses”, diz a nota divulgada pela corporação.
Além disso, a Justiça determinou apreensão e o sequestro de diversos bens móveis e imóveis pertencentes aos integrantes do grupo, bem como o bloqueio de todas as suas contas bancárias até o limite de R$ 20 milhões.
Durante a manhã, foram apreendidos 500 kg de maconha, 10 armas, 11 veículos, R$ 56 mil em espécie, R$ 200 mil em cheques, 350 gramas de cocaína em ponto de venda de drogas. Nove imóveis sequestrados, assim como uma fazenda, 77 contas bloqueadas, 15 presos e 28 mandados de busca cumpridos.