Riedel lança projeto de digitalização e aponta “caminho sem retorno”
Segundo ele, reduzir utilização de processos físicos atende demanda de sustentabilidade
O governo estadual anunciou esta manhã a meta de tornar 100% digitais processos administrativos até o começo do ano que vem e pra isso chamou servidores públicos para se engajar no que o governador Eduardo Riedel classificou como um “caminho sem volta”. Após assinar o decreto que formaliza o sistema de PAE (Processo Administrativo Eletrônico) e a criação de um Comitê Gestor, no Palácio da Cultura, para um auditório ocupado por secretários, subsecretários e funcionários públicos, ele destacou que não era a mera assinatura do documento, mas uma oportunidade de marcar uma “consciência”.
Conforme o governador, o uso da tecnologia se inseriu à rotina e “está posto”, gostem as pessoas ou não. Mencionou que essa relação com o digital se incorporou ao cotidiano nas relações bancárias, comerciais e que vai se repetir em relação ao governo. Conforme ele, o Estado tem serviços na área de tecnologia que são inovadores na administração pública, como no fisco e na gestão ambiental. A pretensão, resumiu, é ser vanguarda e otimizar os recursos vindos dos impostos pagos.
Ele mencionou, ainda, que não se estava inventando a roda, havendo outros estados com processos mais avançados, e que servirão de modelo ao Mato Grosso do Sul. O ponto de partida, argumentou, é reduzir o uso de papel. Ele próprio se policia, explicou, quando às vezes pensa em imprimir a agenda de compromissos e repensa na necessidade disso.
Sustentabilidade - O modelo idealizado pelo governo vai incluir uma plataforma com modelos padrão para uso dos servidores na hora de encaminhar os processos e documentos, de demandas próprias da Administração Pública ou trazidas pelas pessoas que se relacionam com o Estado. Também deve constar um aplicativo, que vai permitir, inclusive, o uso pelo celular, o que pode gerar mais agilidade.
Os programas que serão utilizados estão sendo desenvolvidos entre empresa de tecnologia e os próprios técnicos do governo, que ficará com o código fonte do que for criado para poder ter autonomia.
Quem expôs a iniciativa foram os secretários Ana Nardes e Pedro Caravina, de Administração e Governo e Gestão Estratégica, respectivamente. Conforme Nardes, cada secretaria terá autonomia para ditar seu ritmo de avanço na digitalização. Vai haver redução do uso de papel e encadernação, interligação de sistemas, o que, no final, vai gerar agilidade.
Caravina mencionou que a ideia ajuda a desburocratizar, além do aspecto da sustentabilidade. O governo tem usado como motes a transformação verde digital, próspero, inclusivo. Nesse sentido, Riedel mencionou que o Executivo Estadual se direciona em três vertentes - de biodiversidade, balanço de carbono e água - e a digitalização contribui com a segunda, ao reduzir o consumo de papel. Ele pontuou que ações como essa, de sustentabilidade, são um cartão de visita, para atração de investimentos de empresas que “tenham esse DNA”.
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