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Cidades

Rodada de negociação vai definir atendimento de neurocirurgiões na Santa Casa

Categoria informou, por meio de carta aberta, que iria encerrar as atividades nesta segunda-feira

Izabela Cavalcanti | 05/06/2023 10:57
Fachada da Santa Casa de Campo Grande, onde os neurocirurgiões atuam (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Fachada da Santa Casa de Campo Grande, onde os neurocirurgiões atuam (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Nova rodada de negociações entre os neurocirurgiões e a Santa Casa de Campo Grande, nesta segunda-feira (5), vai definir se os procedimentos vão seguir normais ou não. O motivo é a sobrecarga de atendimentos no local, sem aumento da remuneração.

Segundo o advogado que representa a classe, Leandro Mendes, no encontro, também estará a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e a SES (Secretaria Estadual de Saúde). Amanhã (6), a reunião é no MPT (Ministério Público do Trabalho). A equipe de reportagem aguarda nota da Santa Casa referente a esta reunião.

Diante disso, o encerramento das atividades, que estava previsto para esta segunda, foi prorrogado para terça-feira, dependendo do que for resolvido nas reuniões.

“Houve prorrogação para amanhã em razão de uma roda de conversa, que vai ocorrer hoje”, disse o advogado.

Os sete neurocirurgiões que atuam na Santa Casa dizem realizar mil procedimentos por ano e estão em “esgotamento profundo”. Por meio de carta aberta, a categoria informou que a situação decorre das horas seguidas de trabalho diante do baixo corpo clínico.

O grupo alega ainda que houve tratativas com o hospital, que teria sido solícito, entretanto, ainda não chegou a um acordo.

As negociações têm ocorrido há pelo menos 60 dias e a ideia era que o valor pago aos profissionais aumentasse, inclusive para atrair mais neurocirurgiões. Os atuais médicos da área que trabalham na Santa Casa, diante da alta demanda do hospital, têm tido dificuldade inclusive de atuar em seus consultórios particulares.

“Após vários apontamentos, não se chegou a um acordo, pois, como sabido, a situação financeira da Santa Casa de Campo Grande é deficitária, sendo que, portanto, o contraprestação deveria ocorrer, em regra, através do poder público, mantenedor do SUS, o que, até este momento, não ocorreu”.

Por meio de nota, a Santa Casa informou que a situação tem sido continuamente notificada às autoridades em saúde pública, e está em negociação com as Secretarias de Saúde do Estado e município o suporte para resolver o impasse.

O hospital conta ainda com a lei para que os neurocirurgiões não paralisem de vez os serviços. Resolução do CRM (Conselho Regional de Medicina) diz que todo movimento reivindicatório deve ser devidamente legal e feito sem que haja maiores prejuízos à assistência.

“Ou seja, os atendimentos de Urgência e Emergência devem continuar, e 30% do efetivo deve estar disponível para cumprir as demais demandas, sem que implique na redução da qualidade do serviço que é prestado”.

No entanto, o advogado acredita que isso não se aplica a essa situação, tendo em vista que eles não são celetistas e sim prestadores de serviço.

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