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Cidades

Neurocirurgiões não podem parar de vez e hospital espera acordo

Nota da Santa Casa revela ainda que a principal insatisfação dos profissionais é financeira

Lucia Morel | 01/06/2023 16:58
Pronto Socorro da Santa Casa lotado. (Foto: Direto das Ruas)
Pronto Socorro da Santa Casa lotado. (Foto: Direto das Ruas)

Sobre o possível encerramento dos trabalhos dos neurocirurgiões na Santa Casa a partir de 5 de junho, o hospital encaminhou nota informando que espera até semana que vem que haja acordo e para isso, conta com apoio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e SES (Secretaria de Estado de Saúde).

“Toda essa situação tem sido continuamente notificada às autoridades em saúde pública, e está em negociação com as secretarias de saúde do estado e município o suporte para resolver o impasse”, completando que “esperamos resolver esse impasse em harmonia com a SES e a Sesau até a próxima semana”.

Nota revela ainda que a principal insatisfação dos profissionais é financeira. Nem o hospital nem o advogado dos médicos, Leandro Mendes, revelaram os valores pagos atualmente ou os solicitados. Conforme os profissionais, a remuneração não é atrativa, o que “causa um baixo interesse no serviço, ocasionando um número de profissionais insuficiente para todos os atendimentos”.

O comunicada da Santa Casa enumera ainda que o pagamento atual é formado pelo valor fixo por hora-plantão acrescido da produtividade cirúrgica.

“E esclarecemos durante a negociação que qualquer valor a mais poderia acarretar na falta de cobertura em outras áreas” e assim, “o valor demandado pelo grupo de neurocirurgiões está distante de nossa realidade, uma vez que precisamos manter o equilíbrio tão desafiador”.

Cumprimento da lei – o hospital conta ainda com a lei para que os neurocirurgiões não paralisem de vez os serviços. Resolução do CRM (Conselho Regional de Medicina) diz que todo movimento reivindicatório deve ser devidamente legal, e feito sem que haja maiores prejuízos à assistência.

“Ou seja, os atendimentos de Urgência e Emergência devem continuar, e 30% do efetivo deve estar disponível para cumprir as demais demandas, sem que implique na redução da qualidade do serviço que é prestado”.

O hospital ainda diz que tem aplicado novas metodologias de trabalho, disponibilizando outros médicos para auxiliar nas prescrições e avaliações de pacientes, além da aquisição de materiais e equipamentos.

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