Sanar falta de serviços para povos indígenas é prioridade, garante Riedel
Projeto de implantação de água e esgoto, além de programa de bolsa para universitários, está no planejamento
Um dos pilares do governador Eduardo Riedel (PSDB) para sua gestão nos quatro anos é a inclusão. A meta é não deixar nenhum sul-mato-grossense para trás. Neste sentido, uma série de planejamento foi criada para ser implementada nos próximos meses.
A falta de água, um problema crônico para comunidades principalmente de Dourados, nas aldeias Jaguapiru e Bororó, já tem uma solução junto com a Sanesul. “Temos um projeto pronto aguardando R$ 60 milhões do PAC Indígena que irá garantir água para essa população”, assegurou o vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PP). No entanto, não há um prazo para o recurso ser liberado.
Já com relação à segurança, a discussão em torno das reações após a derrubada do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do Congresso Nacional já deixou equipes em alerta. Segundo o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, nesta sexta-feira (15) já houve uma situação tensão entre indígenas e fazendeiros na região de Antônio João.
“Nossas equipes estão no local e monitorando a situação com equipe de inteligência. Se for preciso vamos redobrar o efetivo. Temos diálogo direto com as lideranças e o trabalho com os conselhos comunitários indígenas tem dado bons resultados na prevenção de crimes”, afirmou.
De acordo com o Riedel, a discussão é algo pequeno perto dos problemas existentes. “Comunidades que não tem água, com entrada de droga, é muito mais importante para resolver do que essa discussão distante de disputa de terras”, destacou.
O Estado afirma que há omissão de setores importantes do governo federal que defendem os povos originários, principalmente na questão da segurança pública e saúde das comunidades.
A secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Patrícia Cozzolino, destacou que neste ano um grupo de trabalho com vários órgãos fez um levantamento para saber a situação dos indígenas no Estado.
Ao final, chegaram à conclusão que 20% da cesta alimentar dos ‘não urbanos’ será substituída por produtos mais aceitos pela cultura deles, como a retirada da farinha branca e substituição por farinha de milho e o acréscimo do tereré.
Também será realizado um mapeamento e recadastramento nas comunidades. Um levantamento feito nas universidades públicas, por exemplo, resultou na mudança do programa de bolsas indígenas. Apesar de ter 78 cadastrados, existiam 1,5 mil indígenas.
“No entanto, a evasão era muito grande, porque não tinham condições de se manter na universidade. O Supera MS vai dar uma bolsa de R$ 1.320 para o aluno não desistir e se houver mais interessados, vamos usar esse critério para desempate.”
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