Secretária Estadual de Saúde e MP discutem abertura de leitos de UTI
Audiência será realizada amanhã para debater sobre ação cívil impetrada pelo MPMS, na última quarta (15)
Nesta sexta-feira (18) será realizada uma audiência entre SES (Secretaria Estadual de Saúde), MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e o juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais, para debater a abertura de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Em nota, a SES diz que recebeu com estranheza a ação cívil do MPMS, já que os dois órgãos "têm sidos parceiros desde o início da pandemia e mantido dialogo constante". A secretaria ainda disse que decidiu custear 50% do valor dos leitos de UTI não habilitados pelo Ministério da Saúde nos municípios que as prefeituras resolveram montar.
Na tentativa de obrigar o município de Campo Grande e o governo do Estado a ampliarem leitos de UTI de forma emergencial para atendimentos de alta complexidade, O MPMS impetrou a ação na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais na última quarta-feira (15).
Segundo o texto divulgado pela assessoria da SES, existe uma grande dificuldade na contratação de profissionais de saúde para atuarem em leitos de UTI, o que dificulta a abertura desses novos leitos. Só em 2020 já foram contratados 565 profissionais de saúde para o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), referência no tratamento da covid-19.
O número de leitos do HRMS também aumentou, segundo a SES, o hospital havia 29 leitos de UTI em março deste ano e agora possui 118 leitos de UTI. Em todo Estado o número de leitos de UTI, para atendimento geral, não apenas covid, era de 515, distribuídos em sete municípios de sete microrregiões do Estado. Atualmente, são 758 leitos de UTI distribuídos pelas onze microrregiões em quinze municípios.
Finalizando a nota, a secretaria diz que "o MPMS poderia auxiliar a SES, fazendo que os municípios cumprissem as determinações do programa Prosseguir no que determina cada bandeira. Somente seguindo as medidas restritivas, contidas no programa, é possível frear o avanço da COVID-19, e com isso frear a superlotação de leitos. Sete municípios estão na bandeira cinza, 55 municípios estão na bandeira vermelha e 20 municípios na bandeira laranja.".