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Cidades

Servidores, hacker e até estagiária vendiam dados do INSS

No total, são cumpridos 29 mandados de busca e 18 mandados de prisão preventiva em 8 Estados e o DF

Por Viviane Oliveira | 26/09/2024 08:35
Policiais apreendendo dinheiro na casa de um do alvos (Foto: divulgação / PF)
Policiais apreendendo dinheiro na casa de um do alvos (Foto: divulgação / PF)

Com alvo em Mato Grosso do Sul, a operação Mercado de Dados foi deflagrada pela PF (Polícia Federal) na manhã desta quinta-feira (26) contra organização criminosa especializada em obter dados dos beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para a venda a terceiros.

As informações eram usadas para consultas ou para fins criminosos, como contratação indevida de empréstimos consignados e saques irregulares de benefícios previdenciários. Entre os investigados estão servidores, hacker e até uma estagiária da autarquia. O grupo atua em São Paulo, Minas Gerais e Alagoas.

As investigações, iniciadas em setembro do ano passado, revelaram que a organização era composta por hackers que utilizavam técnicas avançadas de invasão cibernética para acessar diretamente o banco de dados do INSS; servidores da autarquia que vendiam suas credenciais de acesso aos sistemas; e indivíduos que comercializavam os dados obtidos para quaisquer interessados.

Nesta manhã, policiais federais cumpriram 29 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão preventiva nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Pará, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Bahia.

Entre os alvos, um dos investigados já foi anteriormente investigado pela PF por burlar métodos de autenticação multifator, alterar níveis de acesso de credenciais de servidores do INSS e até utilizar certificados digitais de servidores.

A Justiça também determinou o sequestro de 24 imóveis pertencentes aos integrantes do grupo e o bloqueio dos recursos financeiros existentes nas contas bancárias da quadrilha até o valor de R$ 34 milhões.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, obtenção e comercialização de dados sigilosos e lavagem de dinheiro.

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