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Cidades

Testes com vacina em MS indicam proteção por mais de um ano contra chikungunya

Ensaio clínico foi feito com adolescentes de 12 a 17 anos em Campo Grande e outras cidades endêmicas do país

Por Natália Olliver | 23/01/2025 10:36
Testes com vacina em MS indicam proteção por mais de um ano contra chikungunya
Profissional de saúde manipula dose de vacina (Foto: Campo Grande News/Arquivo)

Ensaio clínico feito pelo Butantan mostrou que a imunidade provocada pela vacina contra a chikungunya se mantém no organismo humano após um ano da aplicação de dose única. O imunizante, desenvolvido pelo Instituto e a farmacêutica franco-austríaca Valneva, foi testado em 750 adolescentes - de 12 a 17 anos - em áreas endêmicas da doença no país, incluindo Campo Grande.

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Um ensaio clínico realizado pelo Butantan demonstrou que a vacina contra a chikungunya mantém a imunidade por um ano após a aplicação de uma dose única, com 98,3% dos adolescentes vacinados desenvolvendo anticorpos. Apesar da ausência de casos em Campo Grande em 2025, o estado registrou um aumento alarmante de casos prováveis da doença, passando de 48 para 140 em uma semana, comparado ao ano anterior. A chikungunya, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, causa febre alta e dores intensas, podendo resultar em dor crônica nas articulações. As autoridades de saúde recomendam medidas de prevenção, como eliminar água parada e usar repelentes, diante do crescimento preocupante dos casos no Brasil.

O estudo acompanhou os jovens vacinados durante 12 meses. Ao todo, 98,3% deles produziram anticorpos contra o vírus após o período. Além da capital, o ensaio foi feito em Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Recife, Manaus, Boa Vista, São Paulo, São José do Rio Preto e Laranjeiras, em Sergipe. Os dados do estudo norte-americano baseiam o pedido encaminhado pela Valneva e Butantan à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em dezembro de 2023.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que, em Campo Grande, não há registro de nenhum caso de chikungunya em 2025, segundo o último boletim divulgado, em 21 de janeiro. No ano passado, conforme o boletim divulgado, em 17 de dezembro, foram 75 casos confirmados durante todo o ano.

Já no Estado há três casos confirmados da doença, conforme o boletim epidemiológico divulgado no dia 16 de janeiro, 205 casos foram considerados suspeitos. Os pacientes que tiveram laudo de chikungunya moram em Sete Quedas, Maracaju e Ivinhema.

Em 2024, MS registrou 48 casos prováveis da doença na primeira semana do ano. Em 2025, o número saltou para 67. Já na segunda semana, em 2024 foram 48 contra 140 de 2025. O número é sete vezes maior que o visto no ano anterior.

Risco de chikungunya aumenta no verão - A chikungunya é uma doença viral amplamente distribuída no mundo que pode causar dor crônica nas articulações. O vírus é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite dengue e Zika.

A infecção por chikungunya provoca febre alta (acima de 38,5°C), dor de cabeça, dor muscular, dor intensa nas articulações e manchas vermelhas no corpo. Em casos mais graves, pacientes podem desenvolver dor crônica nas articulações que pode durar anos.

Surto da doença em MS - A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel demonstrou preocupação com a ascensão dos casos de chikungunya em alguns estados do Brasil, incluindo Mato Grosso do Sul.

Ao todo, o Estado registrou 2.766 casos prováveis de chikungunya em 2024, um recorde que superou os 2.711 casos de 2023. Antes disso, nenhum ano havia ultrapassado os 600 casos prováveis: 2022 teve 596 casos, enquanto os números foram ainda menores em anos anteriores, como 2021 (173), 2020 (193) e 2019 (173).

A comparação entre 2022 e 2024 mostra um aumento impressionante de 364% nos casos prováveis em apenas dois anos, evidenciando a gravidade da situação.

Prevenção - A SES (Secretaria Estadual de Saúde) ressalta que a principal forma de prevenção é evitar a proliferação do mosquito, eliminando recipientes que possam acumular água parada, como pneus, vasos de plantas, garrafas e caixas d’água mal tampadas. O uso de repelentes, especialmente em áreas endêmicas, e de roupas de manga longa e calças pode ajudar a proteger contra a picada do mosquito.

Também é recomendado instalar telas em portas e janelas e manter os espaços bem ventilados. Ao apresentar sintomas como febre alta, dores articulares intensas, dor de cabeça, cansaço e erupções cutâneas, é essencial buscar atendimento médico. A confirmação do diagnóstico pode ser feita por exames laboratoriais.

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