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Cidades

Vacina contra chikungunya testada na Capital será produzida no Butantan

Aval foi dado pelos Estados Unidos e imunizante deve ser encaminhado para a Anvisa nos próximos meses

Por Ana Paula Chuva | 10/11/2023 14:57
Mosquito Aedes aegypti, transmissor da chikungunya (Foto: Henrique Kawaminami | Arquivo)
Mosquito Aedes aegypti, transmissor da chikungunya (Foto: Henrique Kawaminami | Arquivo)

Testada em adolescentes de Campo Grande, vacina contra chikungunya foi aprovada nos Estados Unidos nesta quinta-feira (10) e será produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo. O imunizante foi aplicado em pessoas de 12 a 17 anos, em outubro de 2022, e o estudo foi comandado pela empresa Valneva Áustria.

Nesta semana, o imunizante recebeu o aval da agência reguladora americana e deve ser encaminhada para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nos próximos meses. Esta é a primeira aprovação para vacina contra a doença no mundo.

O acordo para transferência de tecnologia entre a Valneva e o Butantan existe desde 2020 e a parceria prevê a condução de ensaios clínicos e pagamentos de royalties sobre as vendas e por marcos do desenvolvimento do produto. Em troca, o instituto brasileiro pode desenvolver, fabricar e comercializar a vacina, aplicada em dose única e chamada de IXCHIQ.

Atualmente, o Butantan realiza teste clínico de fase 3 da proteção com adolescentes e os resultados podem ampliar o grupo etário elegível. Nos Estados Unidos, a FDA (Food and Drug Administratiom) deu o aval para a aplicação em adultos acima de 18 anos.

Os testes no Brasil foram feitos em 750 adolescentes, de 12 a 17 anos, que moram em Campo Grande e outras nove cidades do pais: São Paulo e São José do Rio Preto (SP), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), Laranjeiras (SE), Recife (PE), Manaus (AM) e Boa Vista (RR).

Em nota, o Butantan explicou que a previsão do pedido de aprovação ser enviado para a Anvisa é o primeiro semestre de 2024. Para o instituto, a autorização dos Estados Unidos demonstra o potencial do imunizante e fortalece a liberação no Brasil.

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* Com informações portal O Globo.

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