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Cidades

Vacina segue como estratégia para enfrentar nova variante, já no Centro-Oeste

A nova variante, Ômicron, já foi confirmada na região brasileira, mas suas características ainda são incertas

Guilherme Correia | 14/12/2021 09:25
Homem espera a vez de ser vacinado em unidade de saúde na Capital. (Foto: Marcos Maluf)
Homem espera a vez de ser vacinado em unidade de saúde na Capital. (Foto: Marcos Maluf)

Dos cinco estados que fazem divisa com Mato Grosso do Sul, dois confirmaram a nova variante do coronavírus, a Ômicron. Até o momento, a principal estratégia das autoridades locais de saúde tem sido a vacinação em massa contra a covid-19, a fim de reduzir casos graves da doença e prevenir o surgimento de mutações.

Em Aparecida de Goiânia (GO), dois pacientes foram identificados com a subcategoria do vírus e quatro casos foram registrados em municípios de São Paulo. Notificações suspeitas estão em análise em Minas Gerais e o Paraná chegou a investigar amostras, que foram descartadas.

No Brasil, o Ministério da Saúde identificou 11 casos, até o domingo (12). A análise leva tempo para ser feita e, por isso, pode haver subnotificação de registros. A variante Delta, por exemplo, foi confirmada em território sul-mato-grossense meses após estar em circulação.

Até o momento, a Ômicron segue sem informações precisas quanto a sua transmissibilidade (chance de infectar alguém) e letalidade (chance de matar um paciente), diferente de cepas como a Delta, mais infecciosa, ou a P1, mais letal.

No entanto, dados iniciais do Reino Unido - que confirmou o primeiro óbito associado a esta mutação virótica - apontam que a eficácia da vacina contra infecções sintomáticas é significativamente menor contra a nova variante para quem recebeu duas doses.

Ainda assim, uma dose de reforço mas que uma terceira dose de ambas as vacinas usadas no país europeu, a Moderna e a Pfizer - esta que também é utilizada em solo brasileiro.

A ONU (Organização das Nações Unidas) também já destacou que evidências preliminares sugerem uma alta no risco de reinfecção com a variante, comparada com as outras versões do coronavírus. Países como a África do Sul têm registrado surtos de casos, simultaneamente à confirmação da variante.

Na fila para ser imunizado, homem segura comprovante que tomou outra dose da vacina. (Foto: Marcos Maluf)
Na fila para ser imunizado, homem segura comprovante que tomou outra dose da vacina. (Foto: Marcos Maluf)

Reforço - O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, ressalta que a imunização é etapa essencial para prevenir casos de coronavírus e evitar com que haja novas variantes.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), os imunizantes garantem determinada proteção por aproximadamente seis meses, fazendo com que seja necessária uma dose adicional. No Estado, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) determina o aprazamento de quatro meses para a nova vacina.

Considerando toda a população do Estado, cerca de 81,6% receberam ao menos uma dose e 72% tomaram duas doses ou vacina única. No entanto, apenas 18% receberam a dose de reforço, também conhecida como terceira dose.

Dados da SES indicam que aproximadamente 36 mil dos 237,2 mil sul-mato-grossenses vacinados com Janssen receberam o imunizante adicional, cerca de 15%.

O titular da pasta pede que os municípios continuem com dedicação na campanha de imunização, especialmente com os reforços, para que a população busque as unidades de saúde e demais pontos de vacinação.

“O balanço que fizemos hoje sobre a segunda dose da vacina da Janssen em Mato Grosso do Sul mostra que estamos muito aquém do desejado. Aplicamos pouco mais do que 12 por cento do quantitativo recebido. Em muitos municípios a vacinação está muito lenta, e para nossa tristeza, há municípios que nem iniciaram ainda o processo de imunização com a segunda dose”, diz Resende.

O secretário ressalta que o Ministério da Saúde apresentou ao Estado desafio de que até 25 de dezembro, toda a população que tomou a primeira dose da vacina da Janssen receba o reforço “a fim de evitarmos o recrudescimento da doença e novas mortes em Mato Grosso do Sul pela covid-19”.

"Precisamos dizer a cada cidadão de Mato Grosso do Sul que nós temos as vacinas, recebemos do Ministério da Saúde 200,2 mil doses no primeiro carregamento e estamos recebendo ainda hoje, segunda-feira, as 37 mil doses restantes. Vacina boa é no braço, não na geladeira."

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