Veja qual o seu lugar na 'fila da vacina' a partir de fevereiro
Governo federal divulgou plano de vacinação que prevê aplicação de 300 milhões de doses; há grupos que serão priorizados
O Governo Federal trabalha com a possibilidade de iniciar a vacinação contra a covid em fevereiro. Hoje, foi assinada Medida Provisória que garante R$ 20 bilhões para compra de doses. Mas para não criar falsas expectativas, o Campo Grande News lista como funciona a "fila da vacina" no Brasil, a partir do plano nacional divulgado na quarta-feira (16). Veja a ordem:
Como funciona a vacina? O governo federal promete disponibilizar 300 milhões de doses da vacina "AstraZeneca" - produzidas na Universidade de Oxford, no Reino Unido - que usam um outro vírus para inserir genes do coronavírus nas células humanas e fazer com que o organismo crie anticorpos contra a covid-19.
As equipes que a desenvolveram adicionaram o gene da proteína espícula (spike) num adenovírus que naturalmente infecta macacos ou humanos. O vírus foi então geneticamente alterado para não se multiplicar, mas penetrar nas células humanas e descarregar as instruções genéticas para formar a proteína do Sars-Cov-2.
Com isso, o sistema de defesa do organismo humano produz anticorpos ao vírus - com taxa média de eficácia, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de mais de 70%. Essa medida nunca foi utilizada em humanos, mas já foi empregada para imunizar animais contra a raiva e cinomose.
CoronaVac - Além da AstraZeneca, o governo do estado de São Paulo prevê fabricação de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, produzida em parceria do Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. No início de dezembro, o governador João Dória (PSDB) afirmou que "qualquer brasileiro" poderia se vacinar em território paulista.
O plano de imunização do estado vizinho possui cinco fases, que priorizarão profissionais de saúde, indígenas e quilombolas (em 25 de janeiro), seguido de pessoas com 75 anos ou mais (em 8 de fevereiro), pessoas entre 70 a 74 anos (em 15 de fevereiro), pessoas entre 65 a 69 anos (em 22 de fevereiro), e por fim pessoas entre 60 a 64 anos (em 1º de março).
Esse imunizante insere formas inativadas do vírus, já que eles não eles podem se replicar nem causar a doença, mas ativar o sistema imunológico que passará a produzir defesas, anticorpos e memória celular. Vacinas contra influenza, varicela, sarampo, caxumba e rubéola têm a mesma estratégia.