Vítima de acidente, piloto administrava aviação agrícola há 17 anos
Paulo Kern, de 57 anos, teve 90% do corpo queimado, depois de avião cair e explodir em fazenda de MS
Natural de Carazinho, no Rio Grande do Sul, Paulo Alberto Kern, piloto que morreu depois da queda e explosão de uma aeronave em Mato Grosso do Sul, administrava há 17 anos a empresa Aero Agrícola Vargas Ltda, com sede em Naviraí. Paulo também era diretor do Sindag (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola), que publicou uma nota de pesar pela morte do piloto.
Segundo o sindicato, Paulão Kern, como era conhecido, atuava há décadas na área da aviação. "Em 2019 ele passou a integrar a equipe conselheiros do sindicato aero agrícola, reeleito este ano para mandato até 2023. Sua entrada na diretoria do Sindag ocorreu dentro da proposta de enriquecer o trabalho de qualificação permanente e aproximação da entidade com a sociedade, além de aumentar sua representatividade. Ações com as quais ele contribuiu imensamente", publicou o sindicato em seu site.
O sepultamento do piloto será em Dourados. O local e horário ainda estão sendo definidos.
Acidente - Paulo pilotava uma aeronave de pequeno porte, que caiu na região da Fazenda Santa Vergínia, em Santa Rita do Pardo, a 266 quilômetros de Campo Grande, quando fazia a aplicação de defensivos agrícolas na lavoura nesta segunda-feira (20). Informações do boletim de ocorrência são de que Paulo conseguiu sair sozinho da aeronave e poucos segundos depois, ela explodiu.
Mesmo 15 metros distante do avião, o piloto sofreu graves queimaduras. Inicialmente, foi informado que Paulo estava com 70% do corpo queimado, mas durante nova avaliação médica, foi constatado que o piloto sofreu queimaduras em 90% do corpo.
Paulo foi socorrido por brigadistas e Corpo de Bombeiros. Levado inicialmente ao hospital de Bataguassu, depois precisou ser transferido para a Santa Casa de Campo Grande, onde não resistiu e morreu na madrugada desta terça-feira (21).
Equipes da Polícia Civil isolaram o local para a chegada de técnicos da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Além disso, foram prestadas informações sobre o acidente para o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), Força Aérea Brasileira e Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), que apura as circunstâncias da queda.