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Cidades

Vítima queimada em “noite de terror” morre com covid um mês após internação

Aparecido Fialh foi uma das vítimas de ataques em “protesto” a prisões feitas na Operação Narco Brasil

Anahi Zurutuza | 21/07/2021 16:01
Corpo de Bombeiros combatendo um do incêndios registrados naquela madrugada (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)
Corpo de Bombeiros combatendo um do incêndios registrados naquela madrugada (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Vítima de “noite de terror” em Ivinhema há um mês, Aparecido Fialho, de 61 anos, morreu na Santa Casa de Campo Grande. Ele deu entrada no maior hospital de Mato Grosso do Sul no dia 26 de junho, depois de sofrer queimaduras graves em um dos incêndios provocados por sete homens em “protesto” a prisões feitas na cidade durante a Operação Narco Brasil, mas apresentou sintomas de covid-19 logo depois. A morte agora será investigada.

De acordo com boletim de ocorrência, registrado como "morte a esclarecer", após ser diagnosticado com a doença provocada pelo novo coronavírus, Aparecido precisou ser intubado e foi levado para CTI (Centro de Tratamento Intensivo). Às 11h dessa terça-feira (20), ele não resistiu.

Conforme registros no hospital, Aparecido Fialho tinha queimaduras de segundo grau no tórax, abdômen e nas costas, além de ferimentos mais leves na mão direita, perna esquerda e rosto. A equipe médica constatou que a causa da morte foi choque séptico devido à piora infecciosa da na pele e também pneumonia associada ao uso de ventilação mecânica. Ou seja, aparentemente as duas situações (queimaduras e a covid) o levaram à morte.

O corpo foi levado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), onde passa por exame necroscópico para depois ser liberado para a família.

Noite de terror – Na madrugada do dia 26 de junho, casas, veículos e um terreno baldio foram incendiados durante horas de tensão em Ivinhema. Sete pessoas foram presas por provocar as chamas. Fialho era morador de uma das residências queimadas. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros na cidade a 282 km de Campo Grande e trazido logo em seguida para a Santa Casa, onde morreu.

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