“Não podemos deixar que atrapalhe os alunos”, repete governador sobre greve
Administrativos da educação cruzaram os braços nesta terça-feira; no Estado, são 367 escolas, mas não se sabe ao certo quantas foram prejudicadas
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) voltou a classificar como “politicagem” a greve dos servidores administrativos da educação do Estado e dizer que não deixará que estudantes sejam prejudicados. O chefe do Executivo estadual repetiu ainda que vai à Justiça para acabar com o movimento.
Funcionários da limpeza, merenda e outros setores das escolas da Rede Estadual de Ensino, exceto diretores, coordenadores e professores, entraram em greve nesta terça-feira (10). A maior parte dos colégios abriu as portas, mas serviços estão prejudicados.
O governo alega que o Sindicato dos Funcionários Administrativos da Educação em Mato Grosso do Sul aceitou a proposta de reajuste salarial de 3,04%. O Sinfae-MS tenta desmobilizar a greve convocada pela Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul).
Diante do impasse, como havia prometido na tarde desta segunda-feira (10), o governador disse que vai à Justiça para acabar com a greve. “Não podemos deixar que atrapalhe os alunos”.
Reinaldo diz que a greve não faz sentido e que por motivos legais, a incorporação do abono de R$ 200 aos salários não pode ser feita neste ano. A correção está prevista para acontece a partir de maio de 2019.
Adesão - Ainda não é possível medir a adesão à greve. A Fetems fala em 70% dos administrativos das 367 escolas. Já o Sinfae-MS, que diz existiram 6,2 mil servidores da categoria na ativa e 1,8 mil filiados à entidade, não divulgou balanço.
A SED (Secretaria de Estado de Educação) também não somou quantos funcionários estão parados e nem mediu o que isso afetou as unidades da rede estadual ainda.
Greve – Os administrativos decidiram entrar em greve na sexta-feira (6) em assembleia na sede da Fetems. Eles se posicionaram contra a proposta de reajuste salarial de 3,04% oferecido pelo Governo de Mato Grosso do Sul. A média salarial da categoria seria de R$ 1,3 mil, embora o salário-base para algumas das carreiras ainda seja abaixo do mínimo (R$ 954).
Além da incorporação do abono a partir de 2019 e aumento, o governo ofereceu a concessão de auxílio-alimentação de R$ 100 para a categoria. A proposta foi apresentada pela Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização à Fetems e ao Sinfae-MS, segundo a administração estadual. Mas, as negociações ainda não avançaram.